O Dia Mundial da Dança festeja-se de Norte a Sul do País

Do Theatro Circo de Braga ao Cine-Teatro Louletano, uma agenda para este dia 29 de Abril.

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Adorabilis, da dupla Jonas&Lander (Lisboa, Teatro Maria Matos) FABIÁN ANDRÉS CAMBERO
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BiT, de Maguy Marin (Porto, Teatro Municipal Rivoli) HERVÉ DEROO
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Terça-feira: Tudo o que é Sólido Dissolve-se no Ar, de Cláudia Dias (Cine-Teatro Constantino Nery, Matosinhos) ALÍPIO PADILHA
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Muros, de Né Barros (Teatro Nacional São João, Porto) PAULO PIMENTA
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Exforma, de Javier Martín (Theatro Circo, Braga) DR
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Vespa, de Rui Horta (Convento de São Francisco, Coimbra) PAULO PACHECO

O Dia Mundial da Dança, que se assinala este sábado, vai ser festejado de Norte a Sul do país com espectáculos para todas as idades.

Em Lisboa, no Teatro Maria Matos, a dupla Jonas&Lander (Jonas Lopes e Lander Patrick) fazem esta noite (21h30) a última de três apresentações da sua nova peça, Adorabilis, em que, partindo "do polvo enquanto símbolo de multiplicidade", investigam "a incoerência como génese do discurso humano e as tensões entre o rigor e a escatologia" na Natureza.

Ainda no Maria Matos, Leonor Keil continua a apresentar até domingo (sábado às 16h30; domingo às 11h e às 16h30) o seu primeiro solo para crianças dos três aos cinco anos, Bianca Branca. A partir do conto Bianca, de Fausto Gilberti, a bailarina e coreógrafa criou este espectáculo coreografado para crianças que serão convidadas a descobrir os sonhos, os medos e os desejos daquela menina – todos eles brancos, porque é a sua cor favorita.

Entretanto, no Porto, em Matosinhos e em Gaia prossegue o Festival DDD – Dias da Dança, que agendou para este sábado a estreia nacional da nova criação da veterana Maguy Marin, BiT (Teatro Municipal Rivoli, Porto, às 21h30), mas também o muito elogiado segundo capítulo do ciclo de sete peças da coreógrafa Cláudia Dias, Terça-feira: Tudo o que é Sólido Dissolve-se no Ar (Cine-Teatro Constantino Nery, Matosinhos, às 18h30). À mesma hora, mas de novo no Porto, Muros, de Né Barros, faz a sua derradeira apresentação no Teatro Nacional São João, onde na quinta-feira abriu esta segunda edição do festival; antes, às 18h30, Ricardo Machado e Anna Réti estreiam Point of You na mala voadora. E para fim de dia de festa ainda há uma sessão DJ a cargo da dupla D. M. A. (Disco My Ass) no meeting point do festival, o finalmente renovado café do terceiro piso do Rivoli.

Em Braga, no Theatro Circo, a data é assinalada às 21h30 com o espectáculo La Exforma, um solo do coreógrafo e performer espanhol Javier Martín. Noutra ponta do país, em Loulé, a coreógrafa Vera Mantero vai estrear uma nova peça, Pão Rico, sobre a descaracterização do litoral algarvio, prosseguindo a exploração daquele território iniciada em Os Serrenhos do Caldeirão: exercícios em antropologia ficcional: é no Cine-Teatro Louletano, também às 21h30, no âmbito dos terceiros Encontros do DeVIR (a 26 e 27 de Maio estará em Lisboa, na Culturgest). A meio, em Coimbra, o Convento de São Francisco recebe Vespa, o regresso de Rui Horta aos palcos, mais de 30 anos depois da suspensão da sua carreira como bailarino (sábado, às 21h30; domingo, às 17h).

O Dia Mundial da Dança foi instituído em 1982 pelo Conselho Internacional da Dança (CID), entidade criada sob a égide da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A data foi escolhida para recordar o nascimento do coreógrafo francês Jean-Georges Noverre (1727-1810), um dos pioneiros da dança moderna.