É oficial e uma boa notícia para os animais — e para todos os defensores de animais. Tawain é o primeiro país asiático a banir a ingestão de carne de cães e gatos. A nova legislação prevê que quem for apanhado a consumir carne canina ou felina se sujeita a pagar uma multa que vai desde os cerca de 1540 euros aos 7705 euros, sensivelmente.

A nova lei define ainda que quem, intencionalmente, prejudique ou comprometa a saúde física dos animais – mutilação, violência ou morte – poderá ter de pagar uma coima máxima de cerca de 1602 euros, para além de dois anos de prisão e da divulgação pública dos casos e dos agressores.

Esta significativa alteração relaciona-se com a mudança de mentalidades em Taiwan sobre cães e gatos – os donos destes animais de estimação têm vindo a aumentar no país, o que impulsionou, consideravelmente, a imposição de uma nova lei.

A Agência Central de Notícias no país sublinha que se verificou uma transição de uma “sociedade em que a carne de cão é consumida regularmente, para uma sociedade em que muitas pessoas tratam os cães e os gatos como membros da família.” A lei proíbe também que se passeiem os animais acorrentados a um carro ou mota, obrigando-os a correr, algo que agora se considera crueldade animal no país asiático.

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, defendeu convictamente, durante a sua campanha eleitoral, a alteração da lei existente, assumindo-se como uma defensora dos animais e contribuindo, dessa forma, para a imposição da nova legislação. Em sua casa, vivem dois gatos e três cães.

No entanto, e apesar desta grande vitória, a luta para abolir por completo o consumo de carne de gatos e cães no continente asiático continua. No sul da China, por exemplo, todos os anos, mais de 10 mil cães são mortos e servidos como refeição num festival anual de carne de cão em Yulin. Esperemos que tenham como exemplo Taiwan.