Primeiro voo directo entre China e Portugal marcado para 26 de Julho
Ligação a cargo da Beijing Capital Airlines, do grupo HNA, terá três frequências semanais. Preço ronda os 870 euros.
O primeiro voo directo entre a China e Portugal vai realizar-se no dia 26 de Julho deste ano, de acordo com a companhia aérea Beijing Capital Airlines, do grupo HNA. O voo terá três frequências por semana — quarta-feira, sexta-feira e domingo — entre a cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim, de acordo com o departamento de marketing da empresa.
A Ctrip, o principal motor chinês de pesquisa de viagens, já incluía nesta terça-feira esta ligação nos resultados, com o preço de ida e volta fixado em 6400 yuan (870 euros).O voo será feito pelo modelo 330-200 da Airbus, uma das maiores aeronaves, com capacidade para 475 passageiros.
A Beijing Capital pertence ao grupo chinês HNA, accionista companhia brasileira Azul de David Neeleman, sócio de Humberto Pedrosa na TAP, e que ficou com grande parte das obrigações emitidas no ano passado pela companhia aérea portuguesa.
O anúncio do dia (já era conhecido o mês) surge na altura em que a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, termina uma visita oficial à China. Os chineses que chegam a Portugal são sempre canalizados através de outra porta na Europa, nomeadamente através de Espanha (...), o que leva a que passem poucas noites em Portugal", afirmou a governante, acrescentando que o objectivo é "inverter essa tendência".
Durante a visita foi inaugurado um centro de emissão de vistos em Hangzhou — quando o crescimento de turistas chineses em Portugal tem sido uma constante. No ano passado, segundo dados do Turismo de Portugal, o número de turistas provenientes deste país asiático chegou aos 183 mil, mais 19% face ao ano anterior. Em 2013, o número não ia além dos 76 mil.
Em termos de alojamentos, a preferência vai para os hotéis (91% do total), com destaque para os de quatro e de cinco estrelas. A região de Lisboa concentra 74% do total das visitas, mas o Alentejo também chama a atenção dos chineses, com 10%.