O desejo de liberdade segundo Leyla McCalla

A artista de raízes haitianas estará em Julho no Festival Músicas do Mundo, em Sines.

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DANY MIDIA

Confirmada também para se apresentar em Julho no Festival Músicas do Mundo, em Sines, Leyla McCalla rapidamente conquistou um lugar destacado nos últimos anos, quando se autonomizou da banda Carolina Chocolate Drops e enveredou por uma carreira a solo em 2013, com a edição de Vari-Colored Songs, em homenagem ao escritor Langston Hughes. A Day for the Hunter, a Day for the Prey (2016) explora a ligação entre as histórias cruzadas do Haiti e do Louisiana a partir de uma perspectiva pessoal. “Todos os álbuns devem ter como propósito encontrar o nosso lugar no mundo”, diz ao PÚBLICO. “É a minha forma de processar as experiências pessoais, as enormes transformações que acontecem no mundo ou as coisas importantes que acontecem às pessoas com quem me relaciono.” Chamando para título um provérbio haitiano, o álbum evoca as figuras da caçadora e da presa, por Leyla sentir que cada um desempenha vários papéis na sua vida, “na relação connosco, com a profissão ou família”.

A partir dessa linha temática, deu por si a pensar “em situações em que as pessoas se sentem encurraladas nas suas vidas”. “Muitas da canções são acerca desse sentimento de ter de tomar um decisão difícil ou desligarmo-nos de uma situação para alcançar outra”, diz. É uma forma de falar daquilo que lhe parece mais universal e que une toda a humanidade: um profundo desejo de liberdade.

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