O resultado líquido da REN caiu 13,7% no ano passado para 100,2 milhões de euros, anunciou nesta quinta-feira a gestora das redes de transporte de energia. A empresa liderada por Rodrigo Costa atribuiu esta evolução aos resultados extraordinários de 2015, como a mais-valia de 20 milhões relacionada com a venda da participação na espanhola Enagás, e a recuperação extraordinária de impostos de quase dez milhões de euros.

Além disso, as contas ressentiram-se novamente do pagamento de 25,9 milhões de euros relativo à Contribuição Extraordinária sobre o Sector Energético (CESE), notou a empresa. Sem os efeitos extraordinários, o resultado líquido recorrente da REN subiu 6,8% para 126 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 2,8%, para 476 milhões de euros. Segundo a REN, este resultado foi influenciado por uma menor remuneração da base de activos regulados do gás, que teve um impacto negativo de 8,3 milhões de euros e fez os rendimentos no gás caírem para 74,8 milhões. Este efeito foi parcialmente compensado com o aumento da remuneração relativa aos activos de electricidade, que melhorou em 3,4 milhões de euros, para 140 milhões.

Os custos operacionais subiram 1,4%, para 107,5 milhões de euros e a dívida líquida da REN manteve-se estável nos 2478 milhões de euros, mas o custo médio da dívida caiu de 4,1% em 2015 para 3,2% em 2016.

Lembrando que desde Outubro de 2016 as três maiores agência de notação financeira “reafirmaram o rating da REN como investment grade [grau de investimento]”, a REN destacou como “marco importante” do exercício de 2016 a compra de 42,5% da Electrogás, um dos mais importantes gasodutos chilenos. A concretização do negócio de 180 milhões de euros foi anunciado já este ano.