Um Gap Year que combate o abandono escolar

O gap year é um conceito cada vez mais presente em Portugal e uma forma para os jovens, durante um ano, se conhecerem melhor a eles próprios

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Steven Lewis/Unsplash

Estatísticas recentes apontam que cerca de dois em cada dez alunos que ingressam no ensino superior desistem ou mudam de curso no primeiro ano. Estima-se que tal número represente um prejuizo de 67 milhões de euros ao Estado.

Para além do prejuízo financeiro, esta situação reflecte a pressão que hoje em dia os jovens têm no final do Secundário na hora de escolher um Curso Superior. Eu próprio o senti, pelos meus pais e pelos meus pares, e tive indecisões de última hora até ao momento de colocar as minhas opções na Candidatura.

Ora, é com o objetivo de tornar esta decisão mais consicente e ponderanda bem como com a missão de inovar o sistema educativo português que a Gap Year Portugal (uma organização que promove nos jovens portugueses a prática do gap year, ano sabático em português) irá lançar um programa que dará a possibilidade de um jovem usar parte do seu Gap Year para frequentar até um máximo de três licenciaturas, durante 15 dias cada, permitindo-lhe assim conhecer melhor os cursos que mais lhe interessam.

Mais do que viajar

O gap year é um conceito cada vez mais presente em Portugal e uma forma para os jovens, durante um ano, se conhecerem melhor a eles próprios, desenvolverem competências antes de entrarem no mercado de trabalho ou tirarem tempo para reflectirem sobre o seu futuro profissional.

Ainda que esteja muitas vezes associado a um ano de viagem, as possibilidades e opções são muitas e este programa é um exemplo disso.

O programa, que conta já com a parceria de 30 estabelecimentos de ensino superior e terá início no próximo ano lectivo, pretende autonomizar os jovens através de experiências concretas que permitam uma tomada de decisão consciente e ponderada em relação ao caminho a seguir no futuro. Entre as experiências que os participantes poderão ter incluem-se as de frequentar aulas teóricas e/ou práticas, colocar questões junto do corpo docente, utilizar as instalações da faculdade e contactar directamente com os estudantes e associações académicas.

Estará aqui uma solução para a redução do abandono escolar?

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