As autoridades britânicas alargaram as buscas aos responsáveis pelo ataque desta quarta-feira na ponte de Westminster, no centro de Londres, à cidade de Birmingham, a cerca de 200 quilómetros da capital inglesa. O ataque foi protagonizado por um homem que usou um carro para atropelar propositadamente várias pessoas ao longo da conhecida ponte londrina, que liga o Parlamento britânico e o London Eye. O atacante chocou depois com a vedação do Parlamento e saiu da viatura para continuar o ataque, esfaqueando um polícia.

Mark Rowley, que encabeça a unidade de combate ao terrorismo da Scotland Yard, confirmou a detenção de sete suspeitos, em seis moradas diferentes. A informação foi também partilhada na conta de Twitter da Polícia Metropolitana de Londres. Cerca de duas horas depois, as mesmas autoridades anunciaram que o número de detidos subia para oito pessoas.

No entanto, as autoridades reforçam a teoriam inicial de que o ataque foi realizado por uma só pessoa, um "lobo solitário" com inspiração no Daesh, e pedem que a identidade do suspeito não seja revelada enquanto decorrem as investigações. A polícia britânica quer agora identificar o motivo do ataque, a preparação e os nomes que lhe poderão estar associados.

O balanço mais recente aponta para pelo menos quatro mortos e 40 feridos, detalham as autoridades britânicas, descendo o número inicialmente avançado e que contava cinco vítimas mortais. Entre as vítimas mortais está também o atacante. Dos 40 feridos, 29 estão internados no hospital, com sete vítimas em situação muito crítica.

O ataque desta quarta-feira, um ano depois dos atentados de Bruxelas, começou pelas 14h40. O Parlamento ficou imediatamente em lockdown, fechado, sem ninguém poder entrar ou sair de onde estava.

Entre os 40 feridos em Londres está um português. Francisco Lopes, de 26 anos, é residente em Londres há 15 e já teve alta hospitalar, depois de ter estado internado no Chelsea and Westminster Hospital com ferimentos numa mão e num joelho.