Fenprof ameaça com greve às avaliações se tutela não vincular docentes do artístico

Dezenas de docentes protestaram esta quarta-feira em frente ao Ministério da Educação. Em causa estão 67 professores do ensino artístico especializado público que reúnem condições para o efeito.

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Manifestação em frente ao ministério contou com dezenas de docentes Daniel Rocha
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Manifestação em frente ao ministério contou com dezenas de docentes Daniel Rocha
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Manifestação em frente ao ministério contou com dezenas de docentes Daniel Rocha

A Fenprof ameaçou esta quarta-feira com uma greve às avaliações de final de ano se o Ministério da Educação não vincular até 1 de Setembro os 67 professores do ensino artístico especializado público que reúnem condições para o efeito.

Dezenas de professores contratados do ensino artístico especializado público manifestaram-se esta quarta-feira em frente ao Ministério da Educação (ME) contra a precariedade que vivem e a ausência de uma oportunidade de vinculação aos quadros.

O protesto aconteceu três meses depois de um outro, exactamente pelos mesmos motivos, mas quando os sindicatos ainda negociavam com a equipa do ministro Tiago Brandão Rodrigues os diplomas dos concursos de professores e de vinculação extraordinária, alimentando então a esperança de serem contemplados neste novo momento de vinculação, o que não aconteceu.

"A última oportunidade" 

Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), presente na manifestação convocada pela estrutura sindical, disse aos jornalistas que o protesto desta quarta-feira é "a última oportunidade" dada ao ME de, "com uma acção mais pacífica" resolver a situação de 67 professores deste tipo de ensino.

"Não sendo resolvido este problema com um compromisso de que a 1 de Setembro do próximo ano, tal como para os outros professores, eles vão vincular, se isso não acontecer posso dizer que a partir de hoje ou amanhã está lançada a discussão nas escolas sobre a greve às avaliações no final de ano", disse Mário Nogueira.

O líder da Fenprof recusou que este possa ser "um problema das Finanças", porque "num universo de 110 mil professores não querer vincular 67 seria demasiado ridículo", lembrando ainda que na vinculação extraordinária aprovada couberam cerca de 3200 docentes.

"Não se percebe porque foram excluídos estes professores, o certo é que ficaram fora deste regime de vinculação", disse.

Mário Nogueira recusou continuar a comparecer à porta do ME "de três em três meses, como quem faz uma peregrinação", para depois "ir embora de mãos a abanar".

A greve às avaliações finais, a concretizar-se, irá afectar os alunos de nove escolas públicas do ensino artístico especializado, entre as quais se contam os conservatórios e as duas escolas do ensino secundário, António Arroio em Lisboa, e Soares dos Reis no Porto.

Mário Nogueira disse que "ainda há tempo" para o ME resolver a questão antes do arranque do próximo ano lectivo, uma vez que bastaria publicar uma portaria específica para os docentes do ensino artístico especializado no mesmo momento em que for publicada a portaria que regulamenta a vinculação extraordinária.