Mais de 60 anos depois, há imagens inéditas do funeral de Estaline
Um major do exército americano filmou o cortejo fúnebre do ditador soviético. São as únicas imagens que não foram produzidas ou filmadas pelas autoridades soviéticas.
No dia 5 de Março de 1953 era anunciado ao mundo que o ditador Josef Estaline tinha morrido. No dia seguinte iniciaram-se as cerimónias fúnebres, que decorreram durante três dias para que o povo se pudesse despedir do líder da União Soviética. As imagens do cortejo fúnebre percorreram o mundo. Mas estas foram produzidas e divulgadas pelo Kremlin. Esta semana, mais de 60 anos depois, vieram a público imagens que não foram controladas pela cúpula soviética — e a cores.
Um major do exército americano, Martin Manhoff, tinha chegado a Moscovo há mais de um ano quando, no dia do cortejo fúnebre de Estaline, pegou numa câmara e filmou o que se estava a passar, naquele que é o único documento da morte do ditador produzido por este militar norte-americano.
Douglas Smith é um historiador de Seattle e foi o responsável pela descoberta dos arquivos de Manhoff, nos quais se incluem estes registos, tendo autorizado o acesso à Radio Free Europe/Radio Liberty.
Segundo o mesmo órgão de informação europeu, o militar estava a realizar as filmagens de uma varanda de Moscovo, enquanto funcionário do Governo dos EUA. Por isso é possível que os serviços de informação americanos as tenham utilizado para vislumbrar quem poderia suceder a Estaline.