EDP e Engie juntas em novo concurso eólico na costa francesa

A EDP Renováveis voltou a associar-se à Engie para concorrer a mais um parque eólico no mar, em França.

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É o segundo concurso em França em que a EDPR e a Engie concorrem juntas REUTERS/Phil Noble

A EDP Renováveis (EDPR) anunciou esta segunda-feira que vai concorrer com o grupo francês Engie a mais um parque eólico offshore (no mar) em França, ao largo da costa de Dunquerque.

As duas empresas, que já são parceiras noutros projectos eólicos offshore, apresentaram uma oferta conjunta de pré-qualificação para o futuro parque de Dunquerque, na costa norte francesa, perto de Calais. Segundo a AFP, o objectivo do governo francês é que o parque, que deverá ter uma capacidade de produção entre 250 e 750 megawatts (MW), esteja a funcionar em 2022.

A França é, a seguir ao Reino Unido, o mercado mais relevante do eólico offshore a nível europeu. A concretizar-se este projecto o país poderá consolidar a sua posição “enquanto líder no sector da energia eólica marinha”, diz a empresa liderada por João Manso Neto, que vê em França um "mercado estratégico" (onde também tem produção eólica em terra).

A Engie e a EDPR já trabalharam juntas em projectos de torres auto-suportadas de energia eólica marinha em Dieppe-Le Tréport (500 MW) e nas Ilhas de Yeu e Noirmoutier (500 MW), assim como numa plataforma flutuante no projecto-piloto do parque eólico de Leucate, no Mar Mediterrâneo (24 MW). Além disso, as empresas são parceiras de investimento no projecto WindFloat Atlantic em Portugal (25 MW), em Viana do Castelo.
 
“A integração do projecto no território de Dunquerque, em particular no que respeita à optimização da zona ocupada tendo em conta os desafios ambientais”, e “a competitividade dos preços” são, de acordo com a EDPR, as “principais forças da licitação” conjunta.

A Engie, grupo de engenharia francês, é especialista na construção e gestão de parques eólicos em alto mar e na construção de plataformas offshore em todo o mundo. Além da parceria com a EDPR em França, a empresa está neste momento a desenvolver um parque com cerca de 250 MW na Bélgica (o projecto Mermaid).

Segundo a AFP, entre os concorrentes a este projecto estão ainda o grupo estatal francês EDF e o alemão WPD Offshore. Com as manifestações de interesse em mãos, o governo francês irá agora seleccionar, com base em critérios técnicos e financeiros, as propostas que passarão à fase seguinte. As candidaturas definitivas só deverão ser entregues no espaço de seis meses.

O primeiro concurso para a energia eólica no mar em França realizou-se em 2012, com vitória para a EDF, que garantiu três parques de 500 MW cada um. Em 2014 foi a vez de o consórcio EDPR/Engie assegurar o parque na costa de Tréport e o das ilhas de Yeu e Noirmoutier. A AFP diz que estes projectos, que têm sido contestados por associações ambientalistas, não deverão estar em serviço antes de 2021.

 

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