O Nacional ainda deu luta na primeira meia hora, mas sem surpresa o FC Porto não teve qualquer dificuldade para somar a oitava vitória consecutiva no campeonato. No Estádio do Dragão, num jogo em que Casillas fez a primeira (e única) defesa aos 93 minutos, os portistas venceram por 7-0, com golos de Óliver, Brahimi, Layún, André Silva (2) e Soares (2), e colocaram o registo de 7-0 como a maior goleada de sempre sofrida pelo Nacional na I Liga.

Depois de resgatar, com sucesso, o 4x3x3 frente ao Boavista, colocando pela primeira vez nesta época no campeonato André Silva no banco de suplentes, Nuno Espírito Santo voltou a apostar no 4x1x3x2 e no número 10 portista. Com 40 pontos a separar as duas equipas e um saldo de 8-0 favorável ao FC Porto nos dois últimos confrontos entre portuenses e funchalenses, a missão da equipa liderada pelo sérvio Jokanovic, que somou apenas cinco pontos desde que assumiu o comando dos madeirenses na 16.ª jornada, parecia condenada ao insucesso, mas nos primeiros 30 minutos o Nacional ainda conseguiu oferecer uma boa oposição aos “azuis e brancos”.

No entanto, apesar de um início da partida com algum equilíbrio e poucas oportunidades de golo, o FC Porto quebrou a resistência dos funchalenses aos 31’: após um cruzamento de Alex Telles, Óliver Torres antecipou-se ao primeiro poste e, após desviar num defesa do Nacional, a bola entrou pela primeira vez na baliza do brasileiro Adriano Facchini. Com a desvantagem, os madeirenses perderam a consistência até aí apresentada e, em cima do intervalo, Brahimi fez o 2-0, com a bola a voltar a sofrer um desvio num jogador do Nacional.

Na segunda parte, o jogo não teve história. Apenas seis minutos após o recomeço, André Silva concluiu uma excelente jogada entre Óliver e André André, e depois, foi a vez de Soares entrar em acção: o brasileiro fez o 4-0 e o 6-0, e já leva sete golos nos cinco jogos que fez no campeonato desde que trocou, em Janeiro, o V. Guimarães pelo FC Porto.

Pelo meio, o central do Nacional Tobias Figueiredo já tinha sido expulso após ver, por uma falta cometida de forma displicente, o segundo cartão amarelo. Na conversão da falta, Layún, o único mexicano em campo (Corona e Herrera estão lesionados), fez o seu primeiro golo nesta época no campeonato.

Com o jogo mais do que resolvido, Nuno Espírito Santo retirou de campo Danilo, Brahimi e André Andreé, mas, mesmo sem carregar no acelerador, o FC Porto chegou ao sétimo golo (André Silva, aos 89’), alcançando a sua maior vitória na prova desde 1998-99.