Andy Murray, o sobrevivente

Escocês precisou de quase três horas e de salvar sete match-points para garantir um lugar nas meias-finais do torneio, no Dubai.

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Reuters/AHMED JADALLAH

Andy Murray sobreviveu a sete match-points para assegurar a presença nas meias-finais no Dubai Duty Free Tennis Championships. O líder do ranking esteve muito perto de seguir o destino de Roger Federer, eliminado na véspera, mas acabou por impor-se ao alemão Philipp Kohlschreiber (29.º), por 6-7 (4/7), 7-6 (20/18) e 6-1, em 2h55m.

Só o tie-break do segundo set — o mais longo no circuito ATP em número de jogos, em igualdade com outros cinco desde 1991 — durou 31 minutos, tanto como o set decisivo. A emoção foi de tal ordem que os jogadores se esqueceram de trocar de campo a 15/15, acabando por fazê-lo dois pontos mais tarde. Murray desperdiçou quatro set-points antes de o alemão se adiantar para 9/8. Mas, com a colaboração de Kohlschreiber, que cometeu erros directos em match-points, o britânico fechou o encontro.

“Ando no circuito há 11, 12 anos e nunca estive perto de jogar um tie-break assim”, disse Murray, que chegou a salvar um match-point com um amortie. “Foi talvez a minha pior decisão em todo o encontro. Tive muita sorte nessa pancada”, reconheceu o escocês, que vai defrontar o vencedor do duelo entre o francês Lucas Pouille (15.º) e o russo Evgeny Donskoy (116.º).

Donskoy é já uma das figuras do torneio, graças à eliminação de Roger Federer (10.º), por 3-6, 7-6 (9/7) e 7-6 (7/5). O recente campeão do Open da Austrália liderou o tie-break do segundo set por 6/4 e 7/6 e o do set decisivo por 5/1.

Em Acapulco, onde decorre o outro ATP 500 da semana, realizou-se o 16.º duelo entre Novak Djokovic (2.º) e Juan Martín del Potro (32.º), o primeiro desde o emocionante encontro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Em Agosto, Del Potro negou ao sérvio a possibilidade de conquistar uma medalha para a Sérvia, mas no México Djokovic recuperou de um break de desvantagem no set decisivo para ganhar com os parciais de 4-6, 6-4 e 6-4, em mais de duas horas e meia. “Foi muito equilibrado. Apenas um ou dois pontos decidiram o vencedor. Nem acredito que o estádio estivesse cheio à uma da madrugada”, afirmou Djokovic, que se estreia num evento na América Latina.

Nos quartos-de-final, o número dois do ranking vai defrontar pela primeira vez Nick Kyrgios (17.º). O australiano, que conquistou três títulos em 2016, venceu o norte-americano Donald Young (63.º), com os parciais de 6-2, 6-4.

No ATP 250 de São Paulo, Gastão Elias (92.º) foi eliminado na segunda ronda do Brasil Open pelo espanhol Albert Ramos-Viñolas (24.º), com os parciais de 6-4, 7-6 (7/5), em 2h11m.

Na sexta-feira, João Sousa (37.º) decide um lugar nas meias-finais com o argentino Federico Delbonis (54.º), em encontro que abre a jornada (15h30 em Portugal).     

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