Administração Interna anuncia Estratégia Nacional de Protecção Civil Preventiva

Constança Urbano de Sousa diz que a estratégia vai mudar significativamente o sistema de protecção civil.

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Constança Urbano de Sousa participou na sessão comemorativa do Dia da Protecção Civil LUSA/NUNO FOX

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, anunciou esta quarta-feira a criação da Estratégia Nacional de Protecção Civil Preventiva que vai permitir "uma transformação significativa" no sistema e um "melhor conhecimento" dos riscos e factores de vulnerabilidade.

"Escolhemos este Dia da Protecção Civil para apresentar publicamente as grandes linhas da Estratégia Nacional de Protecção Civil Preventiva, que permitirá uma transformação significativa no nosso sistema de protecção civil", disse a ministra, adiantando que o documento está pronto, mas, como se trata de prevenção, "é uma estratégia de médio e longo prazo, porque só dá frutos ao longo do tempo".

Durante as comemorações do dia da Protecção Civil, que se assinalou na Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Constança Urbano de Sousa explicou que a estratégia "vai abranger uma série de medidas para reforçar todo o pilar de prevenção no âmbito da protecção civil".

Segundo a ministra, a estratégia vai permitir "um melhor conhecimento dos riscos e dos factores de vulnerabilidade", bem como a criação de "melhores instrumentos de monitorização e de alerta.

Nesse sentido, adiantou, vão ser introduzidas mudanças nos sistemas de aviso às populações para informar sobre os riscos e medidas de autoprotecção e criar mecanismos de comunicação com a população em casos de ocorrência de acidentes graves e catástrofes.

"Temos que criar comunidades muito mais resilientes à catástrofe e aos acidentes naturais provocados pelo homem e isso começa precisamente por cada um de nós", disse, avançando que vão ser reforçadas, não só as acções de formação nas escolas, mas também "o próprio conhecimento dos factores de vulnerabilidade".

"Aquilo que é mais visível na protecção civil e que todos vemos é a acção e a reacção, aí todos estamos atentos, mas há todo um trabalho anterior e mais invisível que é absolutamente necessário para diminuir duas coisas, não só os riscos, mas também o impacto dessas catástrofes nas pessoas e nos bens das pessoas", disse ainda.

Durante a cerimónia, que contou também com a presença do primeiro-ministro, António Costa, foram homenageados os 52 elementos da Força Especial de Bombeiros que estiveram no Chile, entre 27 de Janeiro e 12 de Fevereiro, a combateram os incêndios florestais, dando resposta a um pedido de assistência internacional apresentado pelas autoridades chilenas no quadro do Mecanismo de Protecção Civil da União Europeia.

Durante a cerimónia foram ainda condecorados o Exército, a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) e a Direcção Geral da Autoridade Marítima (DGAM), com a medalha de mérito de protecção e socorro, grau ouro, distintivo laranja.