Justiça francesa aperta o cerco a François Fillon

Procuradoria nomeou um magistrado para prosseguir com a investigação ao alegado emprego fictício da mulher de Fillon.

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EPA/ETIENNE LAURENT

A justiça francesa escolheu esta sexta-feira um magistrado para investigar as alegações acerca do candidato presidencial François Fillon e da sua mulher na sequência da polémica sobre a utilização de dinheiros públicos para pagar um trabalho que Penelope nunca terá realizado.

A decisão dos procuradores franceses é mais revés para Fillon, cujo favoritismo para chegar ao Eliseu se foi desvanecendo desde que a comunicação social divulgou o caso.

Com o envolvimento do magistrado na até agora investigação preliminar da polícia, a procuradoria desloca assim mais recursos na investigação. O magistrado possui maiores poderes investigativos, incluindo escutas telefónicas ou detenção de suspeitos.

Além disso, o juiz pode arquivar o caso, colocar os suspeitos sob investigação formal ou iniciar um julgamento.

Ainda não é certo se a investigação poderá estar terminada até às eleições presidenciais, marcadas para o dia 23 de Abril (primeira volta) e 7 de Maio (segunda volta). Fillon negou sempre as acusações garantindo que a sua mulher foi sempre paga para realizar um trabalho genuíno enquanto assistente parlamentar.

De acordo com a legislação francesa, a investigação será suspensa durante o mandato presidencial, caso Fillon vença as eleições.

O candidato já afirmou, no entanto, que abandonará a corrida se for colocado sob investigação formal.