Ministra da Justiça diz que decorrem averiguações sobre fuga de Caxias
Sem adiantar mais pormenores, Van Dunem afirmou apenas que o seu ministério e a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais "têm emitido vários comunicados sobre esta matéria".
A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, disse esta terça-feira que estão a decorrer averiguações sobre a fuga de três reclusos do estabelecimento prisional de Caxias na madrugada de domingo.
"Neste momento estão em curso indagações relativamente aos factos ocorridos, quer no que diz respeito à evasão, quer no que diz respeito à recaptura", disse aos jornalistas Francisca Van Dunem, à margem do lançamento do livro 40 Anos de políticas de justiça em Portugal.
Sem adiantar mais pormenores, a ministra afirmou apenas que o Ministério da Justiça e a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais "têm emitido vários comunicados sobre esta matéria".
Três reclusos, dois chilenos e um português, fugiram na madrugada de domingo do Estabelecimento Prisional de Caxias, concelho de Oeiras, através da janela da cela que ocupavam.
Na segunda-feira, uma fonte oficial da Polícia Nacional espanhola disse à agência Lusa que os dois reclusos chilenos que se evadiram da prisão de Caxias tinham sido detidos no domingo no aeroporto de Madrid, com passaportes falsos, mas um deles foi libertado pelas autoridades espanholas.
Uma fonte ligada ao processo explicou à Lusa que um atraso no envio e recepção em Espanha do mandado de detenção europeu (MDE) permitiu que um dos chilenos evadidos fosse libertado, facto para o qual também contribui não existir vaga no centro de detenção espanhol.
As autoridades espanholas receberam os mandados de detenção europeus dos dois chilenos evadidos de Caxias na segunda-feira à noite, pouco antes da audição com um juiz de um deles que está detido e deverá ser extraditado para Portugal em breve.
Em comunicado divulgado no domingo, a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais indicou que os dois cidadãos chilenos, com 29 e 30 anos, e um português com 30 anos, se encontravam presos a aguardar julgamento por crimes de furto e roubo em processos criminais distintos. A direcção-geral "instaurou de imediato um processo de averiguações, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspecção da Direcção Geral".
A fuga dos três detidos foi comunicada às diversas forças policiais - GNR, PSP e PJ - para a recaptura dos evadidos.