Trump nomeia general H. R. McMaster como conselheiro de segurança
Está encontrado o substituto de Michael Flynn, que se demitiu do cargo na semana passada.
Donald Trump nomeou o general Herbert Raymond McMaster como conselheiro para a segurança nacional, encontrando assim o sucessor de Michael Flynn, que se demitiu do cargo na semana passada. A primeira escolha do Presidente americano, Robert Harward, recusou na passada quinta-feira a nomeação para o cargo.
O anúncio da decisão decorreu na mansão de Mar-a-Lago, na Florida, onde Trump aproveitou para informar que o retirado general do exército americano Keith Kellog, que estava a servir como conselheiro de segurança interino, será o novo chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional e que John Bolton, antigo embaixador americano nas Nações Unidas, desempenhará outras funções na Administração que não foram, para já, reveladas.
McMaster é um táctico militar e pensador estratégico altamente condecorado e respeitado, mas a escolha do general surpreende alguns especialistas, por ser conhecido como alguém que questiona a autoridade, diz a Reuters.
O militar, de 54 anos, chegou a ser considerado pela revista Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, em 2014, em parte devido à sua capacidade e disposição em sacudir o sistema político.
A carreira militar de McMaster conheceu um dos pontos altos durante a primeira Guerra do Golfo, em 1991, em que foi condecorado com a Silver Star, a terceira mais alta condecoração militar nos EUA, devido à liderança numa batalha entre tanques americanos e iraquianos, considerada, na altura, a maior desde a II Guerra Mundial.
Em 1997, causou polémica depois de publicar um livro, chamado Dereliction of Duty, em que criticou a liderança política e militar americana durante a Guerra do Vietname.
O conselheiro de segurança desempenha funções como assessor independente do Presidente americano, sendo que a sua nomeação não está dependente de aprovação pelo Senado.
Fica assim encontrado o substituto de Michael Flynn, que apresentou a demissão no início da semana passada. Em causa estiveram os contactos que estabeleceu com Moscovo, antes da tomada de posse de Trump e ter mentido ao vice-presidente Mike Pence sobre as conversas que teve com o embaixador russo em Washington sobre as sanções norte-americanas, em Dezembro.