PS diz que Centeno "tem falado a verdade"
Os socialistas defendem a posição do ministro das Finanças dizendo que em momento algum Mário Centeno "se compromete" com António Domingues "acerca da dispensa de entrega de declaração ao Tribunal Constitucional.
Os socialistas saíram na tarde desta quinta-feira em defesa do ministro das Finanças, Mário Centeno, dizendo que o governante "tem falado à verdade aos portugueses" e que em lado nenhum "se compromete com António Domingues acerca da dispensa da entrega da declaração ao Tribunal Constitucional", disse aos jornalistas do deputado do PS João Paulo Correia.
Sobre a questão de haver ou não compromisso para esta entrega das declarações ao Tribunal Constitucional, o deputado, coordenador dos socialistas na comissão de inquérito à gestão da CGD, nega que a correspondência enviada por António Domingues contenha o compromisso de Centeno. "Em momento algum nessa correspondência o senhor ministro das Finança se compromete com António Domingues acerca da dispensa da entrega da declaração ao Tribunal Constitucional. Em momento algum. O senhor ministro da Finanças tem faltado a verdade aos portugueses".
Quando questionado pelos jornalistas sobre as declarações públicas do secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, em que este admitia que o Governo tinha tido a intenção de alterar a lei para que os gestores fossem dispensados de entregar a documentação ao TC, o deputado justificou com a altura em que foram feitas: "Essas declarações foram contextualizadas, foram produzidas há meses [final de Outubro], não são recentes e já foram objecto de réplica por parte do senhor ministro das Finanças e secretário de Estado das vezes que vieram à comissão de inquérito", disse.
Já sobre a nova acusação do CDS de que o ministro "quebrou a verdade" ao responder ao Parlamento dizendo que não existia correspondência sobre as condições que Domingues pediu para ser presidente da CGD, o deputado diz que o CDS "truncou" a resposta, que "não leu" a resposta toda e que se irá perceber na terça-feira, dia em que a comissão de inquérito volta a reunir, por que razão o Ministério das Finanças não entregou os documentos pedidos. "O CDS não leu a totalidade da resposta do sr. ministro ds Finanças – porque razão não disponibilizou a documentação requerida. Não querendo fazer o papel do CDS de truncar a leitura de documentos oficiais, quero dizer-vos que na terça-feira a acusação do CDS é uma montanha que pariu um rato".
"PSD e CDS têm atacado de forma irresponsável e doentia o senhor ministro das finanças", lamentou João Paulo Correia.