Isabel dos Santos sai do BPI, Caixabank domina capital

A OPA do CaixaBank sobre o BPI chegou ao fim esta terça-feira e terminou com o domínio de perto de 80% do capital por parte dos espanhóis. Isabel dos Santos saiu do banco.

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Fernando veludo/nfactos

Com a conclusão da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank ao BPI fecha-se um dos dossiers bancários que nos últimos quatro anos marcaram a agenda financeira mediática, devido ao envolvimento de accionistas angolanos e espanhóis. O resultado da operação será conhecido esta quarta-feira, em conferência de imprensa agendada para as 18h nas instalações do banco liderado por Fernando Ulrich, com a presença do CaixaBank, que ficará o dono do banco português.

A Santoro, de Isabel dos Santos, já veio confirmar que vendeu os 18,5% que detinha no banco. O mesmo deverá acontecer com Fernando Teles, do BIC, com cerca de 2% com a família Violas (2,6%) e com os accionistas do BPI que se juntam na Arsopi (com mais de dois por cento). É expectável que a seguradora alemã Allianz, com 8,5 %, se mantenha no banco para defender o acordo de distribuição de produtos financeiros aos balcões do BPI.

Concluída a OPA, o BPI passa a ter um dono, com cerca de 80% do capital, e que é um banco espanhol: o CaixaBank, que detinha 45% até agora. E com esta solução perde o seu formato accionista histórico, de vários investidores e equilíbrios constantes. Uma mudança que beneficiou sobretudo das decisões tomadas durante a oferta de bolsa: a desblindagem estatutária e a venda do controlo do Banco de Fomento de Angola a Isabel dos Santos, medida que se destinou a afastar a pressão do BCE sobre o BPI para novos aumentos de capital.

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