Detectado caso de gripe aviária em garça-real no Algarve
O caso já foi comunicado à Comissão Europeia. Uma das medidas de precaução é o impedimento do comércio de aves em mercados rurais.
A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) confirmou esta terça-feira a detecção no Algarve de uma garça-real infectada com o vírus da gripe aviária, segundo um comunicado divulgado no site da organização. Esta refere que, até ao momento, a estirpe do vírus influenza A do subtipo H5N8 não foi encontrada em seres humanos.
De acordo com o comunicado, foi “confirmado no Algarve um caso de gripe aviária por vírus influenza A do subtipo H5N8 (de alta patogenicidade) numa garça-real (Ardea cinerea)”; é ainda referido que, na sequência da detecção deste caso, “foi aumentado o nível de alerta para a doença e foram já reforçadas as medidas de protecção e vigilância na região", refere o comunicado da DGAV. O caso foi detectado no concelho de Loulé, no Algarve.
De acordo com o organismo, a ocorrência deste caso singular de gripe aviária foi comunicada à Comissão Europeia e à Organização Mundial de Saúde Animal. Foi ainda “proibido o comércio de aves em mercados rurais, largadas de pombos, de espécies cinegéticas criadas em cativeiro e caça com negaças vivas”.
"A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária mantém um dispositivo de vigilância sobre os efectivos avícolas em risco (aves de capoeira domésticas na região do Algarve) e procederá à actualização das medidas em caso de eventuais sinais de propagação da doença", refere o comunicado.
De acordo com um outro comunicado emitido a 6 de Janeiro pela DGAV, têm ocorrido, desde Outubro passado, vários casos de “gripe aviária de alta patogenicidade, provocada por este vírus, em aves selvagens e de capoeira” em países como a Alemanha, a Bulgária, a Dinamarca, o Reino Unido ou a Finlândia; Portugal não estava incluído na lista. A estirpe do vírus tem afectado várias espécies, em especial os patos selvagens mergulhadores e as gaivotas, com uma elevada taxa de mortalidade.
A gripe aviária, causada pelo vírus Influenza de tipo A, pode infectar espécies de aves domésticas, assim como aves ornamentais e aves selvagens. A DGAV explica que o vírus pode ser classificado em duas categorias: o subtipo de baixa patogenicidade, em que existe “pouca ou nenhuma sintomatologia clínica nas aves”; e o subtipo de alta patogenicidade, que provoca “graves manifestações clínicas e/ou forte mortalidade”.