Os Estados Unidos vão mudar as políticas sobre alterações climáticas e tirar o país de um acordo global para corte de emissões, o Acordo de Paris alcançado em Dezembro, disse Myron Ebell, que chefiou a equipa de transição do Presidente Donald Trump por parte da Agência de Protecção Ambiental (EPA) até à tomada de posse.

Trump "pode fazer isso com um decreto presidencial amanhã ou pode fazê-lo como parte de um pacote maior", disse Ebell durante uma conferência em Londres nesta segunda-feira. "Não tenho ideia exacta do momento em que tel será feito", acrescentou.

O Governo norte-americano pediu à EPA para paralisar temporariamente todos os contratos, concessões e acordos entre agências que estejam pendentes de revisão, de acordo com fontes.

Relativamente ao Acordo de Paris – que entrou em vigor a 4 de Janeiro, foi aprovado por mais de 190 países e ratificado por mais de 100, EUA incluídos –, Donald Trump disse diversas vezes, durante a campanha eleitoral, que não concordava com o mesmo e que pretendia abandonar o compromisso.

Um dos principais compromissos que os países assumiram em Paris visa limitar a subida da temperatura "bem abaixo dos 2 graus Celsius" relativos à era pré-industrial e a "continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 graus Celsius".