Filho e irmão do Presidente do Guatemala detidos por suspeitas de corrupção

Jimmy Morales vê a família envolvida num escândalo relacionado com um tipo de crime que chegou ao poder com a promessa de combater.

O irmão e filho do Presidente do Guatemala aguardam julgamento
Fotogaleria
Samuel Moraeles, irmão e Jose Manuel Morales Marroquin, filho do Presidente do Guatemala, aguardam julgamento LUSA/ESTEBAN BIBA
O irmão e filho do Presidente do Guatemala aguardam julgamento
Fotogaleria
O irmão e filho do Presidente do Guatemala aguardam julgamento LUSA/ESTEBAN BIBA
O irmão e filho do Presidente do Guatemala aguardam julgamento
Fotogaleria
O irmão e filho do Presidente do Guatemala aguardam julgamento Reuters
O irmão e filho do Presidente do Guatemala aguardam julgamento
Fotogaleria
O irmão e filho do Presidente do Guatemala aguardam julgamento Reuters/
O irmão e filho do Presidente do Guatemala aguardam julgamento
Fotogaleria
O irmão e filho do Presidente do Guatemala aguardam julgamento Reuters

O filho e o irmão do Presidente do Guatemala, Jimmy Morales, foram detidos por suspeita de corrupção. Morales chegou à presidência em 2015 com 68,5% dos votos, conquistados com a promessa de “limpar” os corruptos do país, depois de um escândalo que determinou o julgamento e o derrube do seu antecessor, o general Otto Pérez Molina.

Conselheiro próximo do Presidente, Samuel "Sammy" Morales, irmão de Jimmy Morales, e o filho estarão ligados a um esquema de corrupção, escreve a Reuters. Terá sido o tio que solicitou esta factura, diz o El País.

O filho do Presidente, José Manuel Morales Marroquín, apresentou uma factura de valor equivalente a 11,2 mil euros por um pequeno-almoço para 564 pessoas, num restaurante. Mas esse pequeno-almoço nunca aconteceu.

A suspeita de corrupção começou quando a mãe da antiga namorada de Morales Marroquín ofereceu cestas de Natal a membros do Registo Geral da Propriedade (RGP), o que levantou suspeitas e iniciou as investigações. A mulher enviou aos serviços uma conta no valor de 11,2 mil euros em nome de um restaurante local, Fulanos y Menganos, para pagar os 564 pequenos-almoços que nunca foram servidosEste foi o mesmo restaurante utilizado em vários momentos da campanha de Jimmy Morales para a presidência, sublinha o New York Times.

"Sammy" Morales afirmou que se tratou de “um favor” ao seu sobrinho, José Manuel Morales Marroquín, mas nega a existência de uma fraude. Outros oito suspeitos foram também detidos, incluindo alguns funcionários do Governo.

A procuradora-geral Thelma Aldana informou que o irmão do Presidente foi detido na quarta-feira e que o filho se entregou às autoridades. Os dois suspeitos aguardam julgamento. "Sammy" Morales foi ainda investigado por suspeitas de lavagem de dinheiro, mas a acusação foi retirada.

A procuradora-geral adiantou que nenhuma conclusão aponta, até agora, que os familiares de Morales tenham obtido lucro através do esquema, mas concederam “favores ilícitos”. Aldana sublinhou que o Presidente da Guatemala “não interferiu uma única vez” nas investigações ao filho e irmão, que regressou dos EUA, onde se encontra a estudar, para responder às perguntas das autoridades.

“Apoio a minha família a 100%. O meu respeito pela lei, como cidadão e enquanto Presidente é também 100%, como sempre foi”, sublinhou Jimmy Morales.

 

Sugerir correcção
Comentar