Há mais 3800 estudantes candidatos a bolsa de estudo

Processo de apreciação das candidaturas está mais atrasado do que nos anos lectivos anteriores e 25 mil estudantes ainda estão à espera de saber se vão receber este tipo de apoio

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Mais de 93 mil alunos candidataram-se ao apoio neste ano lectivo Bruno Lisita

Mais de 93 mil estudantes do ensino superior candidataram-se a receber uma bolsa de estudo neste ano lectivo. O número é superior em 4,2% ao registado há um ano e deverá fazer com que o total de bolseiros seja, no final do ano lectivo, o mais alto desde 2010. O processo de análise das candidaturas está, porém, mais atrasada e há cerca de 25 mil alunos que ainda estão à espera de saber se serão apoiados para fazerem o seu curso e que ainda não receberam qualquer pagamento.

Os dados em que o PÚBLICO se baseia foram retirados da plataforma da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES) a 30 de Dezembro. A comparação é feita com o mesmo dia do ano anterior. Ao todo, são mais 3886 os candidatos a este apoio face a igual período do ano lectivo passado (2015/2016). Apesar de estes serem ainda dados provisórios, e atendendo à taxa de aprovação (77%) que se tem mantido estável nos últimos anos, é possível fazer uma estimativa de qual será o número de bolsas que serão aprovadas e que deverá rondar as 72 mil.

A confirmar-se, representaria um crescimento de 3000 bolseiros face ao ano lectivo passado, o que poderá significar que o sistema de acção social no ensino superior ultrapassa a barreira dos 70 mil beneficiários pela primeira vez desde 2010. “É um sinal positivo para o sistema”, valoriza a presidente da Federação Académica do Porto (FAP), Ana Luísa Pereira, lamentando, porém que haja “ainda um número muito significativo de bolsas por analisar”. O processo de apreciação está, de facto, mais lento do que no ano passado e os 25 mil estudantes que aguardam saber se vão receber apoio frequentam as aulas, para já, sem qualquer tipo de ajuda.

A situação “repete-se”, lamenta a presidente da FAP, recordando uma recorrente exigência das associações académicas que nunca foi acolhida pelos Governos: os alunos bolseiros que se candidatam a bolsa no ano seguinte deviam ter o apoio automaticamente renovado, desde que se mantenham as mesmas condições. “O processo ganharia seguramente ligeireza”, defende aquela dirigente.

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