Utentes do Metro de Lisboa querem comboios de quatro carruagens na Linha Verde
Na Linha Verde circulam apenas comboios com três carruagens, porque o cais em Arroios é curto e não permite comboios de seis carruagens como os que circulam nas outras linhas.
A Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa promoveu esta quarta-feira uma acção de rua para reivindicar comboios de quatro carruagens na Linha Verde do Metro, em vez das atuais três.
Junto à estação de Arroios, membros da comissão distribuíram panfletos por utentes do Metro, alertando para os problemas que a empresa atravessa e onde pintaram uma faixa com a expressão "4.ª carruagem – reposição imediata".
Em declarações aos jornalistas, Cecília Sales, da Comissão de Utentes, disse que “a quarta carruagem foi retirada em 2012 e não foi reposta”. “Não nos parece que haja dificuldade técnica em repor a quarta carruagem até ao início das obras”, acrescentou, referindo-se aos trabalhos para alargamento do cais da estação de Arroios, que vão começar no segundo semestre deste ano.
Na Linha Verde circulam apenas comboios com três carruagens, porque o cais em Arroios é curto e não permite comboios de seis carruagens como os que circulam nas outras linhas. Isso faz com que os comboios na Linha Verde estejam sempre cheios de passageiros, que, nas horas de ponta, se sentem como “sardinhas em lata”.
Envergando um autocolante onde se lia “Não sou sardinha, estou em luta”, Cecília Sales disse que decidiram fazer mais esta acção de luta porque “estão fartos de promessas e as coisas não se alteraram". "Continuam as avarias, a falta de pessoal, grandes tempos de espera e problemas nas acessibilidades”, sublinhou.
“É uma vergonha”, frisou, acrescentando que pediram reuniões com o presidente da Câmara de Lisboa, administração do Metro e com o Ministério do Ambiente e apenas obtiveram resposta do Governo.
Para a dirigente da comissão, “houve um desleixo e um desinvestimento” no Metro “e os utentes é que sofrem as consequências”. “Não temos tido qualquer resposta e agora tivemos um agravamento com o aumento dos transportes em 1,5%”, lamentou.