Novo presidente da ANPC "tem toda a legitimidade para escolher" equipa, diz ministra
Constança Urbano de Sousa considera "normal" a troca de comandante nacional na Protecção Civil.
A ministra da Administração Interna considerou nesta quarta-feira "absolutamente natural" a nomeação de um novo comandante para a Protecção Civil, uma vez que o presidente da ANPC tem "toda a legitimidade para escolher" uma equipa.
"É uma alteração absolutamente natural. Muitos dos dirigentes da ANPC (Autoridade Nacional de Protecção Civil) estão em regime de substituição. Há um novo presidente, que tem toda a legitimidade para escolher e propor uma nova equipa para trabalhar com ele", disse aos jornalistas Constança Urbano de Sousa, à margem da cerimónia de entrega de 90 novas viaturas à GNR.
A ministra reagia à notícia avançada pela agência Lusa de que o comandante nacional operacional da Proteção Civil, José Manuel Moura, vai deixar o cargo, sendo substituído por Rui Esteves, actual comandante distrital de Operações de Socorro de Castelo Branco.
Constança Urbano de Sousa adiantou que a mudança "não tem nada que ver com as pessoas" e destacou que José Manuel Moura "foi sempre e é um excelente profissional".
"Temos que agradecer todo o trabalho que desempenhou. As equipas mudam e há sempre estas mudanças nas instituições", disse, sublinhando que a estratégia da ANPC tem provado ser boa, mas "naturalmente há sempre capacidade para mudar".
José Manuel Moura, que tomou posse como comandante do Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), em Dezembro de 2012, foi informado desta decisão na terça-feira.
A proposta de substituição de José Manuel Moura por Rui Esteves foi feita pelo novo presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Joaquim Leitão, que tomou posse em Outubro, e aceite pelo Ministério da Administração Interna, adiantou à Lusa fonte ligada à nova nomeação.
O segundo comandante da Protecção Civil vai ser Albino Tavares, até agora comandante do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS) da GNR.
Todos os comandantes distritais de Operações de Socorro estavam em comissão de serviço quando o actual Governo assumiu funções, que decidiu não renovar essas comissões e deixar a decisão para o final deste ano.
A mesma fonte sublinhou ainda que a substituição de José Manuel Moura não está relacionada com a época de incêndios deste Verão.