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Suspeito do ataque em Berlim foi abatido em Milão

Anis Amri foi controlado numa operação policial na madrugada desta sexta-feira. "Sem dúvida, é Anis Amri", confirma ministro italiano.

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Reuters/VIA REUTERS
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AFP/HANDOUT

Anis Amri, o tunisino suspeito do ataque com o camião em Berlim que vitimou 12 pessoas, foi abatido em Milão, confirmou o ministro do Interior italiano, Marco Minniti.

"A pessoa que mataram é, sem dúvida, Anis Amri", assegurou Minniti, citado pelo Guardian, durante uma conferência realizada na manhã desta sexta-feira.

Ainda antes da conferência do ministro, a polícia já tinha confirmado que as impressões digitais do homem abatido coincidem com as de Anis Amri. As autoridades italianas reconheceram ainda que a polícia não tinha quaisquer informações de que Amri estaria em Milão

Amri foi morto numa operação rotineira, na madrugada desta sexta-feira, na Piazza I Maggio, no bairro de Sesto San Giovanni. O tunisino pareceu suspeito quando passava junto a agentes da polícia e foi interpelado. Como estava armado, disparou contra os agentes. “Sem hesitar ele pegou na arma e disparou contra o polícia quando este lhe pediu a identificação”, relatou o ministro do Interior. Nesse momento, o agente reagiu imediatamente e atingiu mortalmente o tunisino.

O ministro italiano explicou ainda que o suspeito seguia a pé, e não de carro, como alguns media italianos noticiaram inicialmente.

Um repórter alemão já contactou um dos irmãos de Anis Amri que, perante a situação, se diz “chocado” e “sem comentários”, refere o Guardian.

As ligações do suspeito a Itália não são recentes: chegou ao país em 2011 e passou quatro anos numa prisão italiana, o que levou a imprensa do país a especular se seria mais um caso de uma radicalização de um jovem num serviço prisional. As prisões são consideradas terreno fértil para o recrutamento de redes jihadistas, como aconteceu no caso do Charlie Hebdo ou do Museu Judaico em Bruxelas, e países como França ou Estados Unidos têm programas em curso para tentar minorar este fenómeno.

Extrema-direita critica liberdade de circulação

Pela Europa, as reacções multiplicam-se. Relatórios sugerem que o suspeito terá passado por França de comboio a caminho de Itália, depois do ataque em Berlim.

Marine le Pen diz querer pôr fim à livre circulação dentro do território europeu, afirmando que a passagem de Amri por França é um reflexo “sintomático do desastre de segurança que representa o espaço Schengen”, cita o Guardian.

Nigel Farage, ex-líder do UKIP, reagiu à morte do suspeito reafirmando a posição de Le Pen e reforçando a ideia de que o espaço Schengen é uma ameaça para a segurança pública.