Câmara do Porto cria prémio Paulo Cunha e Silva
Prémio internacional destina-se às artes visuais e tem o valor de 25 mil euros.
A Câmara do Porto vai instituir o Prémio Internacional de Artes Visuais Paulo Cunha e Silva, com o valor de 25 mil euros e destinado a um artista com menos de 40 anos que tenha tido, pelo menos, uma exposição individual numa instituição ou espaço “de relevo internacional”. O prémio destina-se à co-produção de uma obra inédito pelo vencedor e é financiado pela Fundação Millennium BCP.
Na proposta que leva à reunião do executivo da próxima terça-feira, o presidente Rui Moreira explica que com este prémio o município “tem intenção de homenagear a memória e o legado” do antigo vereador da Cultura que morreu, repentinamente, em 2015. A selecção do vencedor, garante-se na proposta, será feita “baseada no mérito, partindo de uma nomeação por parte de reputados especialistas nacionais e internacionais”.
As regras de atribuição do novo prémio, que acompanham a proposta, especificam que este contará com um painel de peritos, constituído por João Laia, Julião Sarmento, Meg Stuart e Vicent Todolí que, até ao final deste ano, deverá indicar 16 curadores com experiência internacional – quatro cada um. Por sua vez, estes curadores terão de apontar, cada um, três candidatos ao prémio. Os 48 indicados deverão, então, enviar ao painel de peritos um portfólio dos seus trabalhos e é entre este portfólio que o painel vai escolher, até ao final de Junho de 2017, o vencedor.
O prémio será atribuído sob a forma de uma bolsa para a produção de uma exposição inédita que deverá ser apresentada na Galeria Municipal do Porto no ano imediatamente a seguir.
Na última reunião do executivo, fora já aprovada uma bolsa de apoio à criação artística contemporânea na cidade do Porto, o “Criatório”, com o valor global de 240 mil euros e destinada a apoiar 16 projectos.
Na próxima semana, além da criação do novo prémio com o nome de Paulo Cunha e Silva, o executivo camarário deverá aprovar também uma alteração ao Prémio João de Almada, atribuído de dois em dois anos e destinado a premiar a reabilitação de edifícios na cidade.
Na proposta a que o PÚBLICO teve acesso, propõe-se que o prémio seja dividido em duas categorias – reabilitação de edifícios residenciais e reabilitação de edifícios não residenciais – recebendo o vencedor em cada uma delas o valor de dez mil euros, sete mil para o arquitecto e três mil para o proprietário do edifício distinguido.
Rui Moreira justifica esta alteração com o crescimento exponencial das propostas apresentadas, bem como o “dinamismo social e económico da própria cidade”. A proposta refere ainda que para a atribuição do prémio em 2017 serão aceites todas as candidaturas que se apresentaram à 16.ª edição (que não teve deliberação) e todos os concorrentes novos que se apresentem.