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Há agora um pólo em Portugal do Laboratório Europeu de Recursos Biológicos Marinhos

Quatro universidades – Algarve, Coimbra, Porto e Açores – vão receber 15 milhões de euros de fundos comunitários, para estudar os ecossistemas marinhos.

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Adelino Canário no Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve Vasco Célio/Arquivo

O Centro de Ciências Mar (CCMar) da Universidade do Algarve vai beneficiar de um financiamento de oito milhões, destinado a dar resposta aos novos desafios colocados pelo nó português do Laboratório Europeu de Recursos Biológicos Marinhos, inaugurado esta segunda-feira. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, diz que se tratava do “reconhecimento do trabalho científico aqui [CCMar] feito ao longo dos últimos 20 anos”. Com a valorização do trabalho em rede, sublinhou, espera-se que a economia do mar venha a proporcionar “emprego qualificado” aos investigadores.

O director do CCMar, Adelino Canário, em declarações à imprensa, prometeu “reforçar a ligação às empresas”, para fomentar a atracção de investidores que possam valorizar a transferência de conhecimento sobre os ecossistemas marinhos, produzido no principal centro de investigação da Universidade do Algarve (UAlg).

O nó português do Laboratório Europeu de Recursos Biológicos Marinhos integra um projecto co-financiado com fundos comunitários no valor de 15 milhões de euros. Além do Algarve, são beneficiados os laboratórios das universidades de Coimbra, do Porto e dos Açores. O Laboratório Europeu de Recursos Biológicos Marinhos, com sede em Paris, tem agora pólos em nove países, incluindo o de Portugal, coordenado pelo CCMar.

Embaixadores do mar na rua

“O primeiro impacto que eu espero desta rede é valorização e dignificação do emprego científico”, disse o ministro, apelando à cooperação entre a academia e mundo empresarial. Nesse sentido, Adelino Canário adiantou que a UAlg vai ter na rua seis “embaixadores” para irem ao encontro dos empresários, interessados em olhar para o futuro da região, não apenas como “laboratório” turístico.

A criação do nó português do Laboratório Europeu de Recursos Biológicos Marinhos, disse Adelino Canário, traduz-se na aquisição de equipamentos de última geração que irá ajudar à descoberta de novas moléculas em microalgas, por exemplo, e monitorizar melhor o oceano. “Brevemente vamos assinar um contrato a nível europeu, num projecto de cerca de dez milhões de euros, para facilitar a mobilidade de investigadores, aproveitando estas infra-estruturas”, adiantou.

Manuel Heitor destacou, por seu lado, que este projecto representa ao mesmo tempo “um desafio [à universidade] para atrair investidores em actividades económicas que dependem do conhecimento”.

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