Fogo no computador pessoal

À terceira será de vez? Halt and Catch Fire estreia-se esta quarta-feira no AMC depois de se ter reinventado publica e assumidamente.

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Jose McMillan (Lee Pace) AMC

A grelha não prevê que o canal AMC vá aproveitar a estreia da terceira temporada de Halt and Catch Fire para repor as duas primeiras, mas já que a série é o que o crítico de TV Hank Stuever chama de um “espécime acima da média de slow television”, não faltará tempo para apanhar o comboio se for caso disso. Halt and Catch Fire é mais um exemplo de como na televisão o tempo volta para trás, uma retromania omnipresente não só nos remakes e reboots mas também no fascínio pelos anos 1960 (Mad Men), 70 (Vinyl) ou, agora, 80.

A série, que chega ao AMC na quarta-feira, 23, às 23h, tem como pano de fundo o mundo da tecnologia de grande porte na era Reagan – computadores pessoais grandes e beges, MS-DOS e uma Internet embrionária. Depois, faz um pouco como Mad Men fez com a publicidade, pegando nela como forma de mostrar a tessitura cultural e social da época.

O futuro das quatro personagens centrais está, claro, em Silicon Valley neste ano de 1986 e entre duas figuras, a da empresa Mutiny e da MacMillan Utility. Há mulheres empresárias da tecnologia nos tempos da IBM - Cameron Howe (Mackenzie Davis) e Donna Clark (Kerry Bishé) - , impérios - Jose McMillan (Lee Pace) – e maridos - Gordon Clark (Scoot McNairy) – à mistura com bugs vários que fizeram a série reinventar-se publica e assumidamente nestes três anos.

 

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