Hotéis tiveram o melhor Verão dos últimos três anos

Em Julho, Agosto e Setembro registaram-se mais de 20 milhões de dormidas, uma subida de 22% face a 2013. Comparado com o ano passado, o crescimento foi de 6%.

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Algarve concentrou mais de 15 milhões do total de 43 milhões de dormidas registadas entre Janeiro e Setembro Bruno Simões Castanheiro

A hotelaria nacional teve, este ano, o melhor Verão desde 2013 ao conseguir ultrapassar as 20 milhões de dormidas nos três meses de época alta. Entre Julho e Setembro, os hotéis registaram mais 22% de dormidas do que há três anos, atingindo o seu melhor desempenho.

A taxa de crescimento não foi, contudo, tão expressiva quando se comparada com o mesmo período do ano passado. Neste caso, a subida no número de dormidas na época alta de 2016 face a 2015 foi de 6%. As dormidas referem-se à permanência de um indivíduo numa unidade de alojamento num período entre as 12 horas de um dia e as 12 horas do dia seguinte.

De acordo com os dados do INE divulgados nesta terça-feira, o número de hóspedes também seguiu a tendência. Este ano, o número de pessoas que efectuaram, pelo menos, uma dormida num estabelecimento de alojamento turístico cresceu 28% face há três anos, e chegou perto dos 6,5 milhões. Já no ano passado, os hóspedes chegaram pela primeira vez aos seis milhões.

Analisando os oito meses do ano até Setembro, o INE revela que as dormidas totais cresceram 8,7% em comparação com 2015. O crescimento foi mais acentuado entre os turistas estrangeiros (Portugal recebeu mais 10,5% em comparação com os 4,5% de aumento registado entre os visitantes nacionais).

Foi nos Açores que as dormidas mais cresceram (20,9%), impulsionadas pela maior disponibilidade de voos e a chegada das companhias de aviação low cost, mas a região continua a ser a que regista menor procura do país. O Algarve concentrou mais de 15 milhões do total de 43 milhões de dormidas registadas entre Janeiro e Setembro.

No que toca a proveitos totais, o crescimento foi expressivo: mais 16% em relação ao ano passado, para 2,3 milhões de euros. Este indicador inclui tudo o que resulta da actividade de alojamento, incluindo serviços de restauração ou cedência de espaço para eventos, por exemplo. As regiões com melhores resultados foram o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, a Madeira e o Norte.

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