Milhares de pessoas manifestaram-se na noite de quarta-feira em Nova Iorque, Chicago e outras cidades norte-americanas contra a eleição de Donald Trump. Em Nova Iorque o protesto juntou cerca de cinco mil pessoas na Quinta Avenida, em frente à Trump Tower.

As manifestações foram convocadas através das redes sociais e foram-se espalhando por várias cidades. Os manifestantes gritaram frases de protesto como "Not my President", "Say it loud, say it clear, refugees are welcome here", "You are fired" e "Fuck that wall".

O protesto em Nova Iorque prolongou-se por várias horas, inicialmente sem incidentes. No entanto, de acordo com a imprensa norte-americana – que cita fontes da polícia local –, acabaram por ser detidas 15 pessoas.

As manifestações e marchas multiplicaram-se um pouco por todo o país. Em Chicago, estiveram quase duas mil pessoas em frente à Trump Tower e ao Trump Hotel. Entre elas, Adriana Rizzo, que empunhava um cartaz onde se lia “aproveitem os vossos direitos enquanto podem”. “Estou muito aterrorizada com o que que está a acontecer a este país”, disse a jovem de 22 anos, citada pela Reuters. Como ela, milhares que temem a liderança de Donald Trump. Os manifestantes gritaram também contra grupo KKK (Ku Klux Klan), que declarou apoio a Trump e lhe deu os parabéns depois da vitória. De acordo com as informações oficiais, não houve registo de acções violentas ou detenções.

Em Oakland, na Califórnia, cerca de seis mil pessoas bloquearam o trânsito, detalha a Reuters. Os protestantes queimaram lixo no meio da rua, lançaram foguetes e partiu vidros de lojas. As autoridades norte-americanas responderam com gás pimenta.

Em Seattle, Washington, cinco pessoas ficaram feridas depois de um tiroteio. A polícia diz que o tiroteio não está relacionado com os protestos anti-Trump, mas o confronto aconteceu perto de uma manifestação.

Filadélfia (Pensilvânia), Boston (Massachusetts) e Portland (Oregon) também reuniram milhares de protestantes.

No Texas, cerca de 400 pessoas marcharam pela cidade de Austin. Questionado pela Reuters, um porta-voz da campanha de Trump não comentou ainda os protestos contra o Presidente eleito. com Reuters

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