António Guterres esteve esta segunda-feira na cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Brasília com uma "profunda alegria" e com esperança de que a comunidade que ajudou a fundar há 20  anos tenha um "papel importante" e "positivo" em que os direitos humanos, e em especial a pena de morte, estejam no centro das preocupações internacionais.

Em declarações aos jornalistas, e questionado sobre o facto de a CPLP ter como membro a Guiné Equatorial, liderada por Teodoro Obiang, Guterres apenas falou em aspectos gerais, dizendo que espera "que a CPLP tenha um papel muito importante no sentido de que os direitos humanos se transformem num ponto essencial da agenda internacional". "E, por isso, estou confiante que a CPLP exercerá um papel muito importante com todos os Estados-membros", afirmou.

Ora "todos os Estados-membros" implicam também a Guiné, onde ainda existe pena de morte. Questionado sobre esse particular, Guterres referiu: "Falo da questão da pena de morte. Há passos significativos a dar em todo o mundo. É uma das questões essenciais. A pena de morte está espalhada em todos os continentes, infelizmente, espero que a CPLP possa desempenhar um papel positivo neste domínio", disse.

Antes, Guterres tinha feito referência ao facto de estar presente numa reunião, 20 anos depois da fundação da comunidade. "Vinte anos depois de ter sido co-fundador da CPLP, é uma profunda alegria estar como secretário-geral eleito numa reunião da CPLP e ver que a CPLP está viva, empenhada numa agenda internacional que coincide com a agenda das Nações Unidas. O tema desta reunião é a Agenda 2030 que é um tema central na cooperação entre as Nações Unidas e a CPLP".

Parceria PÚBLICO/Rádio Renascença