GNR põe fim a caça ao homem em São Pedro do Sul
O último contacto com o suspeito foi registado ontem pelas 15h, informa a GNR.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) montou, ao longo dos últimos dois dias, um forte dispositivo policial na zona de São Pedro do Sul para localizar o principal suspeito de um tiroteio em Aguiar da Beira que vitimou duas pessoas – um militar da GNR e um civil – e feriu outras três. Um dos feridos, uma mulher, continua a lutar pela vida no Hospital de Viseu.
Em comunicado, a GNR explica agora que “não foi registado qualquer contacto com o suspeito, desde as 15h00 de ontem”. Por isso, e “face aos resultados obtidos até ao momento”, foi decidida a desmobilização do dispositivo neste local, mantendo-se, no entanto, “a segurança às populações, através de acções de patrulhamento”.
É pedido ainda para que as pessoas se mantenham alerta, e que, no caso de surgimento de alguma suspeita, se utilize o número 232 467 940 ou o número de emergência 112 para avisar a GNR.
Hipótese de Montalegre descartada
Entretanto, a GNR deslocou-se a Montalegre, em Trás-os-Montes, para falar com testemunhas que alegadamente teriam visto o suspeito por aquelas bandas, segundo noticiou esta tarde o Correio da Manhã.
Porém, depois de examinarem o retrato que lhes foi apresentado pelas autoridades, acabaram por concluir não ter sido, afinal, aquele o homem que haviam visto, informou fonte da corporação, em declarações ao PÚBLICO.
O principal suspeito do ataque chama-se Pedro João Pinho Dias, tem 44 anos e é natural de Angola, escreve o Jornal de Notícias, que o aponta como filho único de um engenheiro e de uma professora. O Correio da Manhã acrescenta que terá tido treino militar na África do Sul.
Divorciado, com uma filha, manteria agora um relacionamento amoroso com uma professora de Sátão. O pai reside em Arouca, onde detém uma exploração de madeira. A sua identificação terá sido possível porque Pedro Dias deixou a carteira, contendo a carta de condução, no local do crime, estando por esclarecer quantos cúmplices estariam com ele no assalto e nos homicídios que se lhe seguiram. A namorada terá sido ontem interrogada pelas autoridades. Pedro Dias terá sido proprietário de uma empresa de produção animal, mas estava já referenciado pelas autoridades por furtos anteriores.