Milhares de migrantes abandonaram esta segunda-feira o campo de migrantes de Moria, na ilha grega de Lesbos, depois de um incêndio que segundo a polícia local foi provocado de forma voluntária.

Segundo as contas das autoridades locais, “fugiram” do campo de refugiados entre três a quatro mil pessoas, escreve a agência francesa AFP.

O incêndio acontece num campo que está cada vez mais lotado e cujas condições estão cada vez mais degradadas. Na Grécia existem mais de 60 mil migrantes e refugiados em busca de asilo. Só na ilha de Lesbos contam-se 5650 refugiados e migrantes para 3500 lugares de asilo, de acordo com os números oficiais divulgados pelo Governo esta segunda-feira.

As chamas destruíram tendas e contentores, mas às 23h30 locais, 21h30 de Lisboa, ainda não existiam informações sobre possíveis vítimas.

Durante a tarde desta segunda-feira houve um protesto no campo de migrantes, conta a AFP. O boato de que os migrantes daquele campo poderiam ser transferidos para a Turquia originou um escalar de tensões.

A longa espera aos pedidos de asilo – que se pode estender durante meses – obriga à permanência em campos de migrantes, que se vão tornando cada vez mais lotados, num crescimento acompanhado por condições cada vez mais degradantes.