Já são 11 os militares do curso de Comandos no hospital

Militar que estava internado no Hospital do Barreiro foi transferido para o Curry Cabral para tratamento de problemas hepáticos.

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Pedro Cunha/Arquivo

Subiu para 11 o número de militares do curso de Comandos a receber assistência hospitalar, depois de nesta quarta-feira mais três terem sido internados.

Segundo revelou o Exército, outros três militares foram internados no Hospital das Forças Armadas, dois deles no Serviço de Medicina, sendo a sua situação clínica estável e não levantando cuidados de maior. O terceiro militar está na Unidade de Tratamentos Intensivos, diagnosticado com "golpe de calor".

Segundo o porta-voz do Exército, encontra-se ainda internado no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (unidade de saúde com protocolo com o Hospital das Forças Armadas) um militar desde as 19h de terça-feira. Este militar encontra-se "clinicamente estável mas com alterações na função renal", conclui a nota.

Entretanto, o militar do curso de Comandos que estava internado no Hospital do Barreiro foi transferido para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, para tratamento de problemas hepáticos, informou hoje o porta-voz do Exército, tenente-coronel Vicente Pereira.

"O soldado Dylan Araújo da Silva foi transferido do Hospital do Barreiro para o Hospital Curry Cabral. Apesar da melhoria progressiva do ponto de vista global, por evolução para falência hepática procedeu-se à transferência para o Hospital Curry Cabral, centro de referência para a área", indica uma nota sobre a situação clínica dos militares do 127.º Curso de Comandos.

O caso mais grave culminou na morte de um sargento de 20 anos no domingo, a quem foi diagnosticado um “golpe de calor”. Na altura, e apesar deste caso fatal, o Exército esclareceu que os treinos iam continuar, embora adaptados ao tempo quente.

Os incidentes ocorreram ambos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, embora em locais diferentes, sendo que o incidente do militar que veio a falecer ocorreu pelas 15h40.

De acordo com uma primeira nota do Exército português, o militar falecido sentiu-se “indisposto durante uma prova de tiro (tiro reactivo)”, tendo sido de imediato assistido pelo médico que acompanhava a instrução, que lhe diagnosticou “um golpe de calor”, uma insolação grave.

Esse facto determinou a saída do militar da instrução e a sua transferência para a enfermaria de campanha, onde terá ficado em observação. Como, após o jantar, a situação clínica do militar piorou, o médico optou pela sua retirada para um hospital, mas acabou por morrer após uma paragem cardiorrespiratória antes de chegar a ser transferido.

Na manhã desta quarta-feira ficou também a saber-se que o Ministério Público vai abrir um inquérito à morte deste militar, de acordo com informação enviada à agência Lusa. Fonte da Procuradoria-Geral da República confirmou a existência do inquérito, "o qual corre termos no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa". com Lusa

 

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