O palco está repleto de jovens músicos e de um coro de crianças. Uns e outros são courenses que se juntam aos We Trust do portuense André Tentúgal para mostrar o que andaram a trabalhar juntos o mês passado, na residência que a banda cumpriu na vila. Juntam-se, orquestra, coro e banda, em The future. No final, Tentúgal anuncia, para surpresa de todos, que este será o último concerto da banda que, disse, nasceu há cinco anos no palco secundário deste mesmo festival. Foi o primeiro acontecimento desta edição do Vodafone Paredes de Coura.

Horas antes, testemunhámos como à vila centenária se reúne no final de Agosto uma outra, instalada na Praia Fluvial do Taboão e seus arredores. Na tarde de quinta-feira, a segunda já vivia na sua alegre azáfama. Tendas a perder de vista entre o arvoredo e na encosta. Gente que chegava e serpenteava entre os bairros de lona e poliéster para tentar arranjar lar para os próximos dias. Muitos, já instalados, navegavam com vagar no rio Coura – são menos os que se banham nele, que a chuva matinal refreou o entusiasmo.

Este é o dia denominado de recepção ao campista, mas a julgar pelo número de presentes, que, arriscamos, será o maior de sempre no arranque do festival, já é dia de festa completa. Depois dos We Trust, chegaram Best Youth, Minor Victories, Unknown Mortal Orchestra e Orelha Negra.

Hoje, quinta-feira, viver-se-á um dos dias mais aguardados do festival, o do regresso dos LCD Soundsystem. Paredes de Coura avança a todo o vapor.