A PSP alertou nesta terça-feira os utilizadores da aplicação Pokémon Go para os perigos da caça não segura de Pokémons. A polícia pede aos jogadores para estarem atentos ao que os rodeia quando saírem para jogar e para não caçarem sozinhos. “Cace em grupo ou aos pares de forma a aumentar a segurança”, recomenda a PSP num manual de segurança publicado hoje na página do Facebook daquela força de segurança.

A PSP pede aos “treinadores” de Pokémons que por estes dias se multiplicam nas ruas, de noite e de dia, para não esquecerem “que ainda estamos no mundo real.”

Os apelos à precaução em situações de jogo surge depois de terem sido registados “alguns incidentes, lesões graves e até alguns crimes”, indicou a PSP. Há relatos de suspeitos que “engenhosamente simulavam falsos pokestops para se introduzirem em residências”.

A PSP pede ainda “especial atenção” dos jogadores para as “aplicações relacionadas com o jogo, que podem conter malware e comprometer a segurança de dados pessoais”.

“Não utilize a aplicação enquanto conduz”, “alerte os mais jovens para não interagir com estranhos” e “não entre em propriedade alheia ou áreas de acesso restrito” são também recomendações da PSP, que alerta para o facto de a invasão de propriedade privada ser crime.

Para além dos relatos da PSP portuguesa, o Departamento da Polícia do Missouri, nos Estados Unidos, deteve, no passado dia 10, quatro suspeitos de terem assaltado à mão armada jogadores de Pokémon Go na localidade de O’Fallon. Segundo o Guardian, a polícia acredita que os suspeitos usaram a aplicação para direccionar os jogadores para a área onde se encontravam.

Também na Indonésia, um francês apanhado a transgredir uma base militar confessou que estava a jogar o Pokemon Go e saiu acidentalmente do trajecto, afirmou nesta terça-feira a polícia. Romain Pierre, de 27 anos, estava a dar uma corrida à tarde e a tentar apanhar "monstros de bolso" quando entrou no complexo de alta segurança, disse o porta-voz da polícia do Oeste de Java, Yusri Yunus.

O jogo exclusivo para dispositivos móveis lançado há duas semanas pela Nintendo e que sobrepõe, no ecrã, Pokemóns a imagens reais do mundo exterior tem sido apontado como causa de uma onda de crimes, violações no trânsito e queixas em vários locais do mundo.

Esta série de recomendações surge também depois de a polícia espanhola ter feito, nesta segunda-feira, alertas semelhantes. A PSP também já aderiu à “febre” e partilhou no passado domingo a prova da sua caça aos Pokémons.

E quando se fala de negócio, a Nintendo é a primeira a lucrar, tendo mais do que duplicado valor em bolsa. A empresa aproveitou mesmo a febre para criar promoções em antigos produtos Pokémon.