Canal do Panamá começa a ter impacto no Porto de Sines
Porto alentejano receberá paragem de linhas de navegação que ligam Norte da Europa à costa do Pacífico da América do Sul
O alargamento do Canal do Panamá, com a abertura do terceiro jogo de eclusas que permite a passagem de navios de carga de maior porte, já vai começar a ter impacto no sistema portuário nacional. Cerca de um mês depois da inauguração das obras de ampliação do canal , a MSC vai arrancar com a prestação de um novo serviço que vai reforçar o segmento de exportação do porto alentejano, sendo ponto de paragem das linhas que ligam o Norte da Europa com a costa do Pacífico da América do Sul.
O MSC Chloe, um navio da frota dos chamados megaporta-contentores da multinacional MSC, com capacidade de transportar 9400 TEU (unidade de medida de um contentor de carga), vai começar a escalar em Sines durante um serviço marítimo cuja rotação completa passa por Roterdão, Antuérpia, Tilbury, Hamburgo, Bremerhaven, Antuérpia, Sines, Freeport, Cartagena, Cristobal, Balboa, Buenaventura, Callao, Coronel, Valparaíso, Callao, Balboa, Freeport, Filadélfia e regresso a Roterdão.
De acordo com informação veiculada pela MSC, o serviço arranca a 26 de Julho a partir de Sines e estão previstos nove dias de tempo de trânsito para Freeport, 13 dias para Cartagena, 15 para Cristobal, 16 para Balboa, 19 para Buenaventura, 23 para Callao, 27 para Coronel e 29 para Valparaíso.
“Este novo serviço, que pretende reforçar o segmento da exportação, vai juntar-se a mais de duas dezenas de serviços directos à exportação já disponibilizados pela MSC em Sines, reforçando deste modo a sua posição de hub para os tráfegos intercontinentais”, escreve a empresa em comunicado.
O Porto de Sines mantém a posição cimeira do sistema portuário nacional, representando 53,3% do total do movimento portuário, após ter atingido 19,6 milhões de toneladas no período compreendido entre Janeiro e Maio. De acordo com os dados divulgados pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, a taxa média de crescimento ao ano do Porto de Sines, considerando o mesmo período de Janeiro a Maio, desde 2012, é de 13,2%