Atentados na Arábia Saudita marcam o fim do Ramadão
Ataque na cidade santa de Medina faz pelo menos três mortos.
Uma explosão junto à Mesquita do Profeta na cidade santa de Medina, na Arábia Saudita, fez pelo menos quatro mortos e cinco feridos – os mortos são agentes de segurança. Este é o terceiro atentado desta segunda-feira no país, ainda que os outros não tenham tido consequências para além da morte dos atacantes.
"As forças de segurança suspeitaram de um homem que dirigia à mesquita e quando o tentaram parar, ele accionou o cinto de explosivos, provocando a morte de quatroa agentes e cinco ficaram feridos", declarou o porta-voz do governo.
A Mesquita do Profeta é visitada por milhões de muçulmanos de todo o mundo, e no momento da explosão devia estar cheia com peregrinos, nos últimos dias do Ramadão. Estes ataques coincidem com o fim do mês santo do Ramadão e o início da importante festa religiosa do Eid al-Fitr – que na Arábia Saudita será na próxima quarta-feira, 6 de Julho.
O site noticioso Sabq mostra imagens do que parece ser um incêndio no exterior de um dos edifícios perto da mesquita, diz a Associated Press.
Antes, um kamikaze fez-se explodir numa mesquita xiita na cidade de Qatif, no Leste da Arábia Saudita. “Foi um bombista suicida, vi o seu corpo desmembrado”, disse um habitante da cidade à AFP, que garantiu não existirem outras vítimas. Esta é uma cidade maioritariamente xiita - embora os xiitas sejam uma minoria na Arábia Saudita.
De manhã, em Jeddah, a segunda maior cidade saudita (no Oeste do país) um outro bombista suicida fez-se explodir perto do consulado norte-americano, mas apenas feriu ligeiramente dois polícias.
Atacar Medina, a cidade mais santa do Islão, não é um passo que se dê de ânimo leve. "No século XIX, os soldados otomatos esforçaram-se para minimizar o ruído dos caminhos-de-ferro de Medina, para não 'perturbar' o profeta. O ISIS [Estado Islâmico] faz explodir bombas", comentou no Twitter o analista político Mustafa Akyol, reagindo à notícia do atentado.
Os atentados verificados nos últimos tempos na Arábia Saudita têm sido reivindicados pelo Estado Islâmico, que considera a monarquia inimiga do Islão.