Em “sprint” e de tacão alto pelos direitos LGBTI

Aquecimento pré-corrida
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Aquecimento pré-corrida

"En sus marcas, listos, fuera." Soa o tiro da partida e dezenas de homens com saltos altos de 15 centímetros "sprintam" em direcção à meta, tentando evitar qualquer entorse. Estamos na rua Pelayo, no bairro mais LGBTI da capital espanhola, Chueca claro está, onde esta quinta-feira se realizou a já tradicional Corrida de Tacões, um dos momentos mais populares dos festejos do Orgulho Gay de Madrid. É o "mais invejado do mundo", o mais "relevante da Europa", como escreve esta sexta-feira o "El País". A marcha, o ponto alto das comemorações, que este ano quer promover a visibilidade da bissexualidade, realiza-se este sábado e espera juntar mais de 1,5 milhões de pessoas. "O Orgulho tem desempenhado um papel fundamental na luta pelos direitos: mudou a sociedade e as nossas vidas. A comunidade reúne-se aqui para reinvindicar e celebrar, algo que não se pode fazer em alguns locais do mundo", comenta em declarações ao jornal Sue Doster, co-presidente da InterPride, organização que se dedica à gestão destes eventos em todo o mundo. Junho é o mês por excelência do Orgulho LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros e Intersexuais) — 28 de Junho, o Dia Internacional, assinala a data da Revolta de Stonewall, em 1969, que viria a dar origem aos primeiros movimentos de activismo pela defesa desta causa. Um propósito que, à luz de recentes eventos, como a tragédia de Orlando, continua tão actual como dantes. Por cá, já se realizaram as marchas de Coimbra e Lisboa, mas ainda falta a do Porto (que tem cartaz da Oficina Arara), que acontece este sábado, 2 de Julho, seguida da festa Transgride, e a de Braga, que tem lugar dia 9 de Julho.