Galopim de Carvalho homenageado em Lisboa
Medalha municipal de mérito científico atribuída, esta quinta-feira, ao geólogo que deu grande visibilidade aos dinossauros e à defesa do património geológico.
O geólogo António Galopim de Carvalho é homenageado esta quinta-feira, pelas 18h30, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, que pertence à Universidade de Lisboa. Irá receber a medalha municipal de mérito científico, que lhe será entregue pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
Nasceu em Évora em 1931 – onde em 2014 também foi homenageado pela Câmara Municipal de Évora, que atribuiu o seu nome à Escola EB1/JI do Bacelo, passando a designar-se Escola Básica Galopim de Carvalho. Em 1959, licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Lisboa e obteve o doutoramento em Geologia em 1969. É professor catedrático jubilado, tendo ensinado no Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa desde 1961. Deu a sua última aula nesta faculdade em 2001, jubilando-se então. Têm sido várias as homenagens, como a atribuição, em 1993, do grau de Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada.
Tornou-se conhecido do grande público depois de assumir, em meados de 1992, a direcção do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa (como então se chamava o agora Museu Nacional de História Natural e da Ciência), onde se lançou na defesa das pegadas de dinossauro de Carenque (no município da Amadora) e de outros locais de interesse geológico e paleontológico, como as pegadas das Serras de Aire e Candeeiros.
Grandes exposições, como uma de dinossauros robotizados em 1993, ajudaram-no a ficar conhecido do grande público como o “avô dos dinossauros” (ou dinossáurios, como faz questão de dizer). Aquela exposição, Dinossáurios regressam a Lisboa, teve cerca de 347.000 visitantes em 11 semanas.
Na cerimónia de homenagem desta quinta-feira, o geólogo Fernando Barriga, da Universidade de Lisboa, dará precisamente o seu testemunho sobre Galopim de Carvalho e o Museu Nacional de História Natural, e o geólogo José Brilha, da Universidade do Minho, centrar-se-á no seu papel na defesa do património geológico.
Galopim de Carvalho é ainda autor de diversos livros, desde científicos, de divulgação científica, ficção até às suas memórias de comidas (onde inclui receitas modificadas ou inventadas por si).