Lisboa compromete-se a reduzir em 40% as emissões de CO2 até 2030
A subscrição da iniciativa vai estar em apreciação na reunião camarária pública, na próxima quarta-feira.
A Câmara de Lisboa vai comprometer-se a reduzir em "pelo menos 40%" as emissões de dióxido de carbono (CO2) e de outros gases com efeitos de estufa até 2030, através de um pacto de autarcas. A subscrição desta iniciativa estará em apreciação na reunião camarária pública de quarta-feira.
Na proposta assinada pelo vereador da Estrutura Verde e Energia do município, José Sá Fernandes, explica-se que a autarquia pretende atingir tal meta "mediante o reforço da eficiência energética e de um maior recurso às fontes de energia renováveis, aumentando a sua resiliência, bem como apresentando um plano específico para a adaptação às alterações climáticas".
No documento, a que a agência Lusa teve hoje acesso, José Sá Fernandes admite que "o problema das alterações climáticas constitui um dos maiores desafios da sociedade contemporânea".
Entre 2002, ano em que a autarquia se associou ao pacto dos autarcas, e 2014, as emissões de C02 e os consumos de energia primária no concelho de Lisboa diminuíram 50% e 35%, respetivamente, divulgou a câmara na semana passada, salientando ainda não estar satisfeita com os resultados.
"Nós tínhamos objetivos assinalados para 2020 [como uma redução de 20% nas emissões] e já os atingimos e ultrapassámos largamente", assinalou Sá Fernandes na ocasião. Porém, prometeu que as melhorias não ficam por aqui: "Eu nunca estou satisfeito, eu quero mais. E é possível, não é irrisório".
Na quarta-feira, haverá também uma reunião privada, na qual, entre outros assuntos, será debatido o projeto de arquitetura do novo hospital privado da José de Mello Saúde, em Alcântara.
O projeto prevê a demolição das instalações municipais para construir um edifício com 143 quartos (215 camas) e para criar 800 lugares de estacionamento, dos quais 600 de estacionamento privativo e 200 de estacionamento público destinado a residentes.
O terreno em causa, localizado na Avenida 24 de Julho e conhecido como "triângulo dourado", foi alienado em janeiro de 2015 por 20.350.001 euros.
No encontro, estará também em discussão a aquisição, através de direito de preferência, de um prédio no Largo de São Julião, por 4,15 milhões de euros.
O objetivo da proposta, que será depois submetida à Assembleia Municipal, é continuar a estratégia do município para concentrar os serviços camarários em três polos - Praça do Município, Campo Grande e Olivais.
Estará ainda em debate a abertura de um concurso para reforçar o Regimento de Sapadores Bombeiros com 50 elementos.