Há menos alunos a desistir no primeiro ano de um curso superior

Dados do portal Infocursos também mostram que há menos diplomados inscritos nos centros de emprego.

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A plataforma online foi criada há três anos para ajudar os estudantes nas suas opções Rita Chantre

O número de alunos que desistiram de um curso superior durante o seu primeiro ano diminuiu no último ano lectivo. Os dados constam do portal Infocursos, cuja actualização foi disponibilizada pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior esta sexta-feira, e revelam que a queda na taxa de abandono se verifica sobretudo entre os estudantes que entraram num mestrado integrado.

De acordo com os dados do portal, um ano após a inscrição numa universidade ou politécnico, 9,8% dos estudantes de licenciatura já não se encontrava no ensino superior. O número de 2015 representa uma quebra ligeira face ao que tinha sido registado há um ano no mesmo tipo de curso, quando se verificaram 10,3% de desistências. A descida na taxa de abandono é, porém, superior nos cursos de mestrado integrado, passando de 5%, em 2014, para 2,3%.

O Infocursos aponta também para uma descida na percentagem de recém-diplomados que se encontram inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional como desempregados. Os dados actuais mostram que há 8,1% de pessoas formadas em instituições públicas nessa situação, quando, há um ano, o mesmo indicador ascendia a 8,6%. Nas instituições privadas, o total de diplomados desempregados diminuiu de 12,7% para 8,8%.

Estes valores têm em conta os diplomados entre os anos lectivos 2010/11 a 2013/14 que se encontravam desempregados em Dezembro de 2015 e são também os dados de referência para as instituições de ensino superior no processo de abertura de novas vagas para o próximo ano lectivo. De acordo com as regras estabelecidas pelo Governo na semana passada, as universidades e politécnicos não podem abrir lugares para novos alunos nos cursos em que se verifique um nível de desemprego superior à média nacional.

Além dos dados sobre as desistências e as inscrições nos centros de emprego, o portal elenca outros dados que já eram conhecidos, como o facto de terem entrado menos alunos na sua primeira opção no último concurso de acesso ao ensino superior (40,4%, contra 46,6% no ano anterior). É ainda possível conhecer, por exemplo, a distribuição dos estudantes por vias de ingresso no ensino superior, o percentil médio das notas dos estudantes que entram num determinado curso, bem como a sua distribuição por idades, sexo e nacionalidade.

Além da informação geral sobre o ensino superior nacional, com dados quer das instituições públicas quer das privadas, o portal permite conhecer informação detalhada sobre todas as licenciaturas e mestrados integrados em funcionamento.

A plataforma online, criada há três anos, é vista como uma forma de dar aos candidatos ao ensino superior “acesso a informação relevante para escolherem melhor a formação superior depois de terminado o ensino secundário”, sublinha o Ministério da Ciência e Ensino superior em comunicado.

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