O principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI20, segue nesta segunda-feira a acentuar as quedas, com o BCP a destacar-se ao cair 5,45% para 2,08 cêntimos por acção, um novo mínimo histórico.

Pelas 10h40, o PSI20 perdia 1,80% para 4.619,60 pontos, o valor mais baixo desde fevereiro.

Depois de na primeira hora de negociação o BCP ter estado a negociar com perdas a rondar os 3%, o banco liderado por Nuno Amado acentuou-as entretanto, e pelas 10h41 era já o título que mais perdia ao ceder 5,45%. Esta desvalorização atirou a cotada para um novo mínimo histórico, de 0,0208 euros (2,08 cêntimos).

Aliás, entre as 18 cotadas do PSI20, apenas a Corticeira Amorim seguia pela mesma hora a ganhar valor, ainda que uns ligeiros 0,11% para 7,009 euros por ação.

Ainda nas quedas, além do BCP, as empresas que se desvalorizavam eram a Semapa, -3,89% para 10,14 euros, a Pharol (ex-PT SGPS), -3,62% para 0,133 euros, e a Navigator (ex-Portucel), -3,34% para 2,78 euros.

Já com quedas acima de 2%, destaque para a Sonae SGPS (para 0,84 euros), a Altri (3,096 euros) e a operadora Nos (6,07 euros).

Quanto aos "pesos pesados", as empresas com mais ponderação no PSI20, a Galp caía 1,65% para 11,91 euros, a Jerónimo Martins 1,56% para 13,56 euros e a EDP, 1,28% para 2,86 euros.

As principais bolsas europeias estão também hoje a negociar em baixa, com os investidores receosos de que os britânicos apoiem em referendo a saída do Reino Unido da União Europeia.

O EuroStoxx 50, índice que representa as principais empresas da zona euro, abriu a cair 1,34% para 2.872,06 pontos.

Entre as praças principais logo pela manhã, Milão (FTSE Mib) destacava-se a cair 1,99% para 16.779,63 pontos, seguida de Madrid (IBEX35) a perder 1,51% para 8.362,20 pontos e Frankfurt (Dax) a ceder 1,36% para 9.700,99 pontos.

Também Paris (CAC40) e Londres (FTSE100) recuavam, 1,02% e 0,64% para 4.262,74 e 6.076,73 pontos, respectivamente.

Os mercados asiáticos também registaram perdas, com Tóquio a fechar a cair 3,51% e Xangai a perder 3,21%, o que os analistas também atribuem aos receios de queda do crescimento da economia mundial caso se concretize o designado 'Brexit'.

Quanto às praças dos Estados Unidos, Wall Street fechou na sexta-feira em baixa e hoje é esperado que essa tendência negativa continue, depois do atentado a uma discoteca em Orlando este fim-de-semana ter feito mais de 50 mortos. A autoria deste ataque é reivindicada pelo grupo terrorista Estado Islâmico.