A água sob as pontes de Inglaterra e a entrada a todo o vapor da Rússia

O jogo grande do Grupo B disputa-se neste sábado, em Marselha.

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Golovin, Schennikov, Neustädter no pelotão da frente, durante o treino da Rússia BORIS HORVAT/AFP

Façam as contas que quiserem, ordenem os favoritos ao título europeu como entenderem. Para Roy Hodgson, o que importa é o “bom momento” que a Inglaterra atravessa e a tradução para dentro de campo do valor real da selecção. “Se jogarmos como sabemos, podemos infligir danos a qualquer adversário”, vincou o seleccionador britânico, no lançamento do jogo deste sábado com a Rússia.

É o grande encontro da primeira jornada do Grupo B. Em Marselha, onde se registaram alguns desacatos a envolverem adeptos ingleses, Hodgson promete uma equipa motivada, ainda que reconheça algumas debilidades. “Temos qualidade, é inegável, mas também alguma falta de experiência”, avaliou, antes de assegurar que os 23 convocados estão prontos para a acção.

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Com um passado recente demasiado modesto para as aspirações de um país que respira futebol, a Inglaterra surge neste Euro 2016 com pressão acrescida, mas o seleccionador desvaloriza o tema: “Houve torneios em que não tivemos sucesso, mas não falámos das competições anteriores. Já muita água correu sob as pontes. Concentramo-nos no presente”.

E o presente aponta, pelos últimos indicadores, para uma Inglaterra de volta ao 4-3-3, depois de o 4-4-2 losango utilizado frente a Portugal ter ficado longe de convencer. Nessa linha, é provável que Adam Lallana surja no flanco direito e Sterling no esquerdo, acabando Rooney por vestir a pele de um médio ofensivo no apoio a Harry Kane.

Se assim for, o meio-campo defensivo da Rússia terá um problema extra para solucionar (as movimentações e a qualidade de finalização do capitão inglês), para além das baixas que o sector tem sofrido, com a mais recente a ser a troca de Denisov (lesionado) por Yusupov, na convocatória. O seleccionador, Leonid Slutskiy, não abre o jogo sobre a arma a utilizar, mas Roman Neustädter, do Schalke, partirá na linha da frente para ocupar a posição seis.

Para o também treinador do CSKA Moscovo, o que é determinante é entrar com intensidade num torneio que raramente concede segundas oportunidades aos menos competentes. “Isto passa depressa, podemos ser eliminados na fase de grupos. Se começarmos devagar, somos eliminados depressa”, avisa.

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