Dois palestinianos armados mataram quatro pessoas e feriram outras seis, num ataque numa zona de compras e restauração, na quarta-feira à noite, na cidade de Telavive, em Israel. Segundo as autoridades, o ataque ocorreu perto do Ministério da Defesa e do Estado-Maior do Exército.

Das vítimas, três tiveram morte imediata; a terceira morreu dos ferimentos, já no hospital.

Os dois homens foram imediatamente detidos pelas autoridades israelitas, avança a Reuters. São oriundos de uma aldeia perto da cidade palestiniana de Hebrom, na Cisjordânia. A aldeia, Yatta, já foi declarada zona militar fechada pelas tropas israelitas e preparam-se para deter pessoas e interrogar os familiares dos atacantes.

De acordo com um canal de televisão israelita, os autores dos disparos são dois primos, com cerca de 20 anos. Segundo as testemunhas, estavam a comer num dos restaurantes, quando abriram fogo.

"Todos começaram a correr. Não foi um ataque terrorista normal. Os tiros foram disparados durante pelo menos um minuto. Houve pânico", explicou uma das testemunhas, em declarações ao jornal britânico The Guardian.

De regresso a uma visita a Moscovo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu condenou o ataque e já marcou uma reunião de emergência no Ministério da Defesa.

Os ataques em Israel ocorrem com periodicidade. No último ano, houve uma vaga de ataques de jovens palestinianos com facas. Mas os atentados em Telavive são raros.

Nos últimos seis meses morreram 31 israelitas e dois norte-americanos em ataques palestinianos. Por sua vez, as forças israelitas mataram pelo menos 196 palestinianos.