Justiça, Administração Interna e Finanças reforçam cooperação contra terrorismo

Foi assinada uma carta de compromisso para a formação e qualificação nos Centros de Cooperação Policial e Aduaneira

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As ministras da Justiça e da Administração Interna consideram essencial o reforço da cooperação entre polícias e serviços tutelados pelos seus ministérios na protecção de ameaças globais como o terrorismo e o crime organizado transnacional.
Francisca van Dunem, Constança Urbano de Sousa e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, assinaram esta segunda-feira documentos que visam, nas palavras da ministra da Justiça, "cimentar e reforçar a articulação" entre os diversos órgãos de polícia criminal e serviços de segurança.
Na presença dos principais responsáveis da Polícia Judiciária, PSP, GNR, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Autoridade Tributária foi assinada uma carta de compromisso para a formação e qualificação nos Centros de Cooperação Policial e Aduaneira. Foi igualmente assinado o despacho de constituição da Unidade nacional CEPOL - Academia Europeia de Polícia e um protocolo de cooperação interministerial da Unidade Nacional CEPOL.
A Academia Europeia de Polícia (CEPOL) destina-se a prestar formação policial europeia aos agentes graduados das forças policiais dos Estados-membros e a facilitar a cooperação entre estas forças policiais. Em Portugal, tem promovido o reconhecimento mútuo da formação de cariz policial, prestada entre e para os Estados-membros, através da Escola da Guarda, do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna e da Escola de Polícia Judiciária. Francisca van Dunem apontou a necessidade de uma "crescente capacitação" das forças e serviços de segurança em "tempos que colocam enormes desafios", precisando que esses desafios se prendem com questões de segurança e justiça, mas também com fenómenos transnacionais como o terrorismo e o crime organizado.
Também neste domínio, Constança Urbano de Sousa referiu que existem "ameaças globais complexas", como o terrorismo e o tráfico internacional de droga e de pessoas, que exigem "melhor articulação" de todas as polícias e serviços a nível nacional e internacional. "Esta colaboração é essencial para podermos enfrentar todas estas ameaças de forma mais articulada e eficaz”, disse a ministra da Administração Interna.
Rocha Andrade destacou o papel que as Alfândegas desempenham ao controlarem e impedirem a entrada em Portugal de mercadorias perigosas ou proibidas, sublinhando que o controlo aduaneiro é hoje um forte aliado da segurança, em articulação com as polícias.