Filme finlandês recebe prémio Un Certain Regard e os críticos escolhem comédia alemã

The Happiest Day In The Life of Olli Maki, de Juho Kuosmanen, foi distinguido em Cannes nesta importante secção paralela. Os críticos internacionais premiaram Toni Erdmann. Este domingo ao fim da tarde será revelado o palmarés principal.

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The Happiest Day In The Life of Olli Maki, de Juho Kuosmanen DR
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Toni Erdmann, de Maren Ade DR

Os principais galardões do festival de cinema de Cannes, entre eles a Palma de Ouro, só serão conhecidos este domingo ao fim da tarde, no encerramento do evento, mas alguns cineastas já receberam boas notícias este sábado. Foi o caso do finlandês Juho Kuosmanen, de 36 anos, que viu o seu filme de estreia, The Happiest Day In The Life of Olli Maki, ser distinguido na secção Un Certain Regard, uma mostra difícil de definir (pode ter realizadores consagrados e emergentes), que integra a selecção oficial mas é paralela à competição.  

A longa-metragem passa-se em 1962 e reflecte a história baseada em factos reais do padeiro Olli Maki, pretendente ao título de boxe na categoria de peso-pluma, que haveria de defrontar o americano detentor do título, sendo derrotado rapidamente perante um numeroso público. O filme tem sido descrito como melancólico, com um delicado toque de humor. O júri, através da actriz suíça Marthe Keller, destacou a sua “graça infinita” e a “incrível originalidade.”

Um outro filme, Harmonium, dirigido pelo japonês Koji Fukada levou o prémio do júri desta secção. O drama gira em torno de uma convencional família japonesa cuja vida é destruída depois de um velho amigo aparecer em casa. Captain Fantastic, do actor e realizador americano Matt Ross recebeu o prémio de realização, enquanto as irmãs francesas Delphine e Muriel Coulin receberam o prémio de cenário por Voir du Pays. O filme de animação The Red Turtle, do neo-zelandês Michael De Wit, recebeu o prémio especial.

Confirmando o seu estatuto de forte concorrente à Palma de Ouro, assim escreve a Variety, Toni Erdmann, da alemã Maren Ade, recebeu neste sábado o Fipresci, o prémio da Federação Internacional de Críticos de Cinema. Para Guy Lodge, desta revista da especialidade, o prémio não é de estranhar já que foi um dos filmes que melhores críticas recebeu em Cannes na última década. “Estudo único sobre uns estranhos e mutuamente depressivos pai e filha”, Toni Erdmann mostra que os alemães também são capazes de fazer comédia, algo no mínimo duvidoso para muitos, escreveu Lodge, definindo-o como um “triunfo humano hilariante”.

No ano passado, o filme que levou para casa o prémio da crítica internacional, O Filho de Saul, do realizador húngaro e judeu László Nemes, recebeu depois o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.  

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