Orquestra de Jovens da União Europeia pode acabar ao fim de 40 anos

Um dos símbolos da União Europeia vai deixar de existir se não for encontrado financiamento alternativo. Custa 600 mil euros por ano e reúne 140 músicos com menos de 26 anos oriundos de todos os Estados membros.

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Tudo indica que Bruxelas vai deixar morrer um dos símbolos culturais da União Europeia. Quarenta anos depois do seu início a Orquestra de Jovens da União Europeia, pela qual passaram mais de três mil músicos, vai deixar de ser suportada pela Comissão Europeia, o que pode significar o seu fim em Setembro próximo. Foi a própria Orquestra que o fez saber. Caso a União Europeia não retome o financiamento – rondando os 600.000 euros anuais – cessará a sua catividade.  

De acordo com um comunicado publicado pela própria Orquestra de Jovens da União Europeia, foi-lhe transmitida, em Abril, a informação de que a parceria no âmbito do programa Europa Criativa iria terminar, pelo que, sem financiamento alternativo, aquela instituição "não tem futuro viável". A data em que for decidido o seu fim será "um dia triste para a União", disse o presidente executivo da organização, Marshall Marcus. Depois destas notícias terem sido veiculadas o protesto dos músicos não se fez esperar, tendo sido iniciadas várias mobilizações para que seja reconsiderada a proposta, já que as ajudas privadas são insuficientes.

Em Bruxelas, por exemplo, dezenas de músicos e estudantes do conservatório apoiaram a convocatória tocando com os membros da orquestra na Estação Central da cidade. O projecto artístico agora em risco reúne há 40 anos jovens talentos com menos de 26 anos provenientes dos diferentes estados da União Europeia, integrando Portugal o projecto desde 1986, ano em que se tornou membro da União. Apesar de tudo, a digressão de 2016, que inclui passagens por cidades como Wroclaw, Capital Europeia da Cultura, está assegurada.

A orquestra foi fundada no Reino Unido, em 1976. As audições para novos membros realizam-se anualmente em cada um dos países, de forma a seleccionar 140 jovens músicos – entre eles vários portugueses – a quem é dada a possibilidade de trabalhar com professores especialistas e de tocar em grandes salas de concerto em todo o mundo.

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