Parece que o Tiago cometeu um crime. Quem o diz é o seu ex-orientador de tese de Doutoramento, Rui de Carvalho, professor da Universidade de Coimbra, numa entrevista publicada numa revista da concorrência. Ao que consta, em 2001 o Tiago apropriou-se indevidamente de uma bolsa de 18 mil euros para poder estudar no Texas numa universidade que, na verdade, não lhe cobrava quaisquer propinas. Portanto, o que o Tiago queria era ir para os copos com as miúdas do Texas, daí a necessidade de 18 mil euros, sinal de que as noitadas no Texas são caras, e as moças também. E até aqui tudo bem, aliás fosse eu também para o Texas e pedia uma bolsa de Doutoramento ainda mais choruda, porque isto da Universidade não é só estudar, é também curtir, e se hoje o Tiago é quem é, um ministro de causas, tal é igualmente devido a muitas noites no fundo de uma garrafa enquanto se grita ao mundo, em alto e bom som e a meio da noite, tudo quanto um dia se vai, realmente, fazer.
E é aqui que a porca torce o rabo. Porque se o Tiago cometeu um crime, tal crime foi o de um dia se ter lembrado de atacar o lobby do ensino privado mais as escolas com contratos de associação. Kennedy também levou um tiro por se lembrar de atacar o lobby das armas (a ironia do destino), pelo que para já, e apesar de não levar com o manual de Biologia do 12º ano nas trombas, o Tiago leva já com uma “acusação“ em letras garrafais numa dessas revistas alcoviteiras cujo “modus vivendi“ gira à volta disso mesmo, do lavar de roupa suja em público ao invés dos tribunais.
O pior é que o Tiago, nestas coisas de política, percebe pouco, uma vez que o mesmo já veio assegurar a apresentação de uma queixa-crime contra a dita revista alcoviteira. Ó Tiago, quando a coisa é mentira, quanto mais se falar dela pior será! Aliás, porque agora já estou mesmo a ver o Telejornal mais os trinados do "Zé" enquanto esfrega as mãos de contente para, em lume brando, assar o teu coiro na praça lá da rua.
Portanto, o Tiago não cometeu um crime. Mas ao desafiar verdades absolutas e ao defender o uso dos fundos públicos em escolas públicas, coisa que a meu ver até é lógica (mas em Portugal não é), criou uma guerra. Resta agora saber quão preparado está. Tiago, boa sorte, a procissão ainda vai no adro.