Novak Djokovic volta aos grandes títulos

João Sousa estreia-se nesta segunda-feira no Masters 1000 de Roma.

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Djokovic em acção em Madrid PEDRO ARMESTRE/AFP

O domínio de Novak Djokovic no circuito mundial voltou a ser ameaçado, desta vez por um Andy Murray, bastante mais confiante na terra batida do que em anos anteriores. Mas nem por isso o sérvio deixou de triunfar pela segunda vez no Mutua Madrid Open (depois da vitória em 2011), conquistar o quinto título esta época e 29.º título Masters 1000, mais um que Rafael Nadal.

“Tive uns espantosos quatro primeiros meses da época. Vim para aqui cedo, habituei-me às condições e fiz um fantástico torneio que irá servir, sem dúvida, como uma grande injecção de confiança antes de Roma e, claro, Roland Garros, onde quero chegar na melhor forma possível”, admitiu Djokovic, após ganhar, por 6-2, 3-6 e 6-3, de um encontro com um final emocionante.

Murray voltou a confirmar os seus progressos na terra batida, muito devido à melhoria na movimentação, mas um break a abrir e uma exibição fantástica permitiram ao sérvio dominar o set inicial, em que assinou 11 winners, apenas quatro erros não forçados e só perdeu três pontos no seu serviço.

Murray regressou mais sólido e um péssimo jogo de serviço de Djokovic no quarto jogo, concluído numa dupla-falta, deu o break ao escocês, que saltou para 4-1 e não deixou fugir a vantagem. Foi apenas o segundo set que o sérvio perdeu nos últimos 15 confrontos com adversários do "top-10".

Só que foi Djokovic a começar melhor o set decisivo, com um break logo no segundo jogo. Murray pressionou o sérvio, que acabou por ceder o serviço, com uma dupla-falta. Mas uma ligeira quebra de intensidade do britânico criou a oportunidade que Djokovic não desperdiçou para o 4-2.

Desta feita, o sérvio não consentiu o contra-break. Murray deu sinais de fadiga quando falhou uma direita a meio court, seguida de uma dupla-falta, para oferecer um match-point, anulado com um ás.

Inesperadamente, quando serviu a 5-3, Djokovic cometeu três erros directos, para 0-40. Na verdade, foram sete o total de break-points de que Murray dispôs neste jogo de 14 minutos, em que salvou mais um match-point pelo meio. Mas Djokovic voltou a ser mais forte e fechou na ocasião seguinte, para conquistar o 64.º título da carreira, igualando Bjorn Borg e Pete Sampras, no sexto lugar dos mais titulados.

Ao não conseguir defender o título em Madrid, Murray perdeu o segundo lugar do ranking para Roger Federer, que soma 7525 pontos, menos de metade do líder, que já leva 16.550 pontos.

Djokovic e Murray poderão, em teoria, reencontrar-se na final dos Internazionali BNL d’Italia, o último Masters 1000 antes de Roland Garros. Nesta segunda-feira, João Sousa (35.º) entra no court 2 do Foro Italico de Roma cerca das 11h30 portuguesas, para defrontar o wild-card italiano Lorenzo Sonego (333.º).

Na Tunísia, Pedro Sousa (381.º) disputou a sua oitava final em Hammamet, cidade onde já conquistou três títulos este ano. Mas não conseguiu um quarto, pois o espanhol Oriol Roca-Batalla (253.º) venceu a final, por 6-3, 6-4.

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